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Fiscais agropecuários mantêm greve em Mato Grosso

Fiscais federais agropecuários de Mato Grosso aguardam nova proposta do governo federal para dar fim à greve que já dura 14 dias


Fiscais federais agropecuários de Mato Grosso aguardam nova proposta do governo federal para dar fim à greve que já dura 14 dias. Ontem pela manhã os trabalhadores se reuniram para deliberar novos rumos sobre a paralisação, mas antes de qualquer iniciativa, a decisão da categoria foi por esperar a contraproposta que deve ser apresentada até quinta-feira (13-09), pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), em Brasília.

De acordo com o presidente da Associação dos Fiscais Federais Agropecuários de Mato Grosso (Affama), Joaquim Guimarães Botero, enquanto a proposta não é apresentada os trabalhadores permanecerão em greve e caso ela não seja aceita, o movimento grevista permanecerá. "Ninguém mais do que nós tem o interesse de terminar com esta greve. No entanto, queremos que nossas reivindicações sejam atendidas já que estamos aguardando um posicionamento do governo desde 2005", diz ao ressaltar que a expectativa é que o governo federal atenda as solicitações da categoria, que consistem em um reajuste de 45% no valor dos salários e gratificações.

Em cumprimento à liminar da Justiça Federal, os fiscais agropecuários cumprem um efetivo de 60% nos frigoríficos, portos, aeroportos e fronteiras. Nas demais atividades 30% dos trabalhadores estão em atividade. Na terça-feira (04), a juíza Neuza Maria Alves da Silva, do Tribunal Regional Federal, em Brasília, determinou o corte do ponto dos fiscais em greve, retroativo ao dia 18 de agosto. Mesmo com a determinação judicial, os fiscais permanecem de braços cruzados e o presidente da associação afirma que a paralisação vai continuar até que as reclamações sejam atendidas.

Enquanto os fiscais não voltam ao trabalho, o presidente do Sindicato das Indústrias Frigoríficas do Estado de Mato Grosso (Sindifrigo), José Antônio Freitas, afirma que as plantas estão enfrentando pequenos transtornos, mas que estão lançando mão de alternativas para minimizar os prejuízos. "Estamos reduzindo o abate em cerca de 15% por dia e priorizando o atendimento ao mercado interno", afirma ao completar que durante os 20 dias em que os profissionais retomaram as atividades, como forma de trégua ao governo, foi possível apenas escoar a produção que estava estocada nos 32 frigoríficos existentes no Estado.

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