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Florestas transgênicas estão a caminho


Em setembro de 2004, um grupo de cientistas de todo o mundo anunciou ter decifrado mais um genoma. E o mundo, de um modo geral, deu de ombros e os ignorou. O organismo em questão não era engraçadinho ou peludo, nem comestível ou perigoso. Portanto, ninguém se importou. Era o choupo-preto - espécie de árvore ornamental de grande porte, de casca lisa e acinzentada, também conhecido como álamo-preto -, e aquele foi o primeiro genoma arbóreo a ser seqüenciado. O mundo talvez devesse ter prestado mais atenção, porque o seqüenciamento de um genoma é um passo na direção de manipulá-lo. E isso, em última instância, poderá conduzir a florestas geneticamente modificadas.


Foi do choupo-negro a honra porque ele e seus parentes crescem rapidamente e são, portanto, importantes no manejo florestal. Para algumas pessoas, entretanto, eles não crescem rápido o suficiente. Segundo o Departamento de Energia dos EUA, que patrocinou e liderou o projeto do genoma do choupo-negro, o objetivo da pesquisa foi levantar informações que levassem à produção de "árvores com crescimento mais acelerado, que produzam mais biomassa para conversão em combustíveis, simultaneamente também retirando carbono da atmosfera". A pesquisa também poderá resultar em árvores com poder de fitorremediação, que poderiam ser usadas para recuperar locais contaminados com poluentes nocivos.

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