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Força extra para pulverizadores

Pulverizadores de autopropelido chegam ao campo


Para aproveitar demanda interna e apoio de linhas oficiais de financiamento, indústria nacionaliza produção de máquinas. Equipamentos tornam controle de pragas e invasoras mais eficaz e refletem em rentabilidade na lavoura

A aplicação de fertilizantes e de herbicidas com o uso de implementos de arrasto está ficando no passado. De olho na força com que os pulverizadores de autopropelido chegam ao campo, empresas de máquinas e implementos anunciaram, durante a Agrishow, em Ribeirão Preto (SP), a expansão da produção desses equipamentos no Brasil. A ideia é viabilizar o financiamento via BNDES, que exige a nacionalização de 60% ou mais dos componentes.

O produtor Marcus Lacerda, de Goiás, aproveitou a oportunidade e assumiu financiamento via Finame PSI para compra de três máquinas. Os produtos, que chegarão ao campo a partir de setembro, serão usados nos tratos culturais de soja e milho nos mais de 5 mil hectares que possui. "É um alto investimento, mas compensa no longo prazo porque o trabalho é feito mais rápido." Lacerda, que há dois anos comprou o primeiro pulverizador autopropelido, conta que o preço das commodities não estimulavam mais aquisições, mas agora é possível.

A atitude do produtor, para o professor da Universidade Estadual Paulista, Paulo Arbex, é reflexo da mudança de cenário e do compromisso da agricultura para produção de alimentos. Ele explica que, há cinco anos, a mecanização vem se tornando mais efetiva não só para plantar ou colher, mas em outras etapas do desenvolvimento das lavouras. Contribui para isso a escassez de mão de obra. Com isso, ele destaca que a mecanização leva economia ao campo com custos, facilidade e agilidade para combater pragas e invasoras, o que resulta em rentabilidade.

O grupo AGCO, que operava com modelo importado dos EUA, começou a produzir este mês o equipamento para as marcas Valtra e Massey Ferguson em Canoas. "O produtor tem que aumentar a produtividade, mas sem ampliar área, por isso, os cuidados com mofo branco ou ferrugem, por exemplo, tem que ser rápidos", observa o supervisor de marketing de Pulverizador da AGCO, Vitor Kaminski. A New Holland estreia nesse mercado. "Quem não entrar agora perde a oportunidade", diz o especialista de Marketing Produto da New Holland, Douglas Santos. A John Deere deve começar a produção em quatro anos, em Catalão (GO). A especialista em marketing Produto da Case, Eligiane Stabili, informa que a empresa já produz no Brasil desde 2006.

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