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Força-tarefa apreende 7,5 toneladas de produtos suspeitos

Apreensão visa combater pragas e doenças que entrariam pelo aeroporto de Guarulhos


Foto: Pixabay

Em meio a uma operação padrão dos auditores fiscais federais agropecuários (affas) permanece o trabalho para evitar que doenças e pragas cheguem ao país e comprometam programas de erradicação e controle de doenças importantes para o Brasil, a exemplo da Febre Aftosa, Peste Suína Africana (PSA) e de pragas que poderiam colocar em risco políticas sanitárias do setor agropecuário. Somente este ano, de agosto a novembro, a força-tarefa composta por affas e agentes de inspeção já evitou a entrada de 7,5 toneladas de produtos de origem animal e vegetal que poderiam ser vetores para o vírus da Peste Suína Africana (PSA). Desse total, quase meia tonelada era de derivados de carne suína.

A doença está erradicada no Brasil desde a década de 70, mas o alerta veio com o diagnóstico de PSA na República Dominicana, em julho deste ano. O Sindicato que representa os Auditores agropecuários (Anffa Sindical) destaca que a doença tem poder de dizimar rebanhos suínos, mas não afeta humanos. 

Ao todo, são 32 servidores do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) integram a força-tarefa no aeroporto de Guarulhos, um dos mais movimentados do país. Por dia, eles conseguem inspecionar cerca de 45 a 50 voos originários de países com atenção para a ocorrência da doença ou de pragas que representem risco à agropecuária brasileira. A maior parte são voos vindos da África, Ásia, Europa e América do Sul, Norte e Central.

Segundo o Anffa Sindical, 1.992,285 kg de produtos de origem animal foram apreendidos nos quatro meses de força-tarefa, sendo 411,16 kg de derivados de carne suína. Também foram retidos 5.581,156 kg de produtos de origem vegetal em Guarulhos, totalizando mais de 7,5 toneladas. A força-tarefa deve durar até que novos affas sejam contratados por meio de concurso público.

O Anffa cita ainda dados de estudo da Embrapa, segundo o qual se a PSA entrasse no país, o prejuízo estimado seria de 5,5 bilhões de dólares apenas no primeiro ano. Destaca também que o Brasil é o quarto maior produtor e exportador mundial de carne suína no mundo.

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