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Frango, ovo, milho e inflação em abril de 2018

Frente à inflação acumulada desde a implantação do real no País, frango vivo e ovo disputam pau a pau quem consegue ter o pior desempenho


Frente à inflação acumulada desde a implantação do real no País, frango vivo e ovo disputam pau a pau quem consegue ter o pior desempenho. Terminaram abril passado praticamente empatados. Em outras palavras, para uma inflação que, pelo IGP-DI da Fundação Getúlio Vargas, já supera os 565%, frango e ovo registram evolução de preço que não chega nem à metade: 266,67% para o frango; 251,58% para o ovo.

Porém, o desafio maior para os dois produtos não está no longo período de vigência do real (24 anos), mas no curto prazo. Pois nos últimos 12 meses – frente a uma inflação que, embora modesta, continua com variação positiva – o preço do frango recuou 12% e o do ovo mais de 25%. Dois desempenhos no mínimo surrealistas se considerado que a principal matéria-prima de ambos, o milho, encerrou esses 12 meses com um aumento de 40%.

Situação muito similar é observada na variação mensal. Pois ainda que a inflação de abril não tenha chegado a 1%, o preço médio do frango vivo retrocedeu quase 7% e o do ovo mais de 14%.

É verdade, aqui, que o preço do milho também apresentou queda, ficando 5,16% abaixo do registrado no mês anterior. Mas esse foi um mero acidente de percurso, já superado. No momento, o milho alcança valor cerca de 5% superior ao de um mês, enquanto em termos anuais acumula alta de 50%. 
 

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