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Frango, ovo, milho e inflação


Dezoito anos e dois meses depois da implantação do real, a inflação brasileira calculada pelo Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) da Fundação Getúlio Vargas supera pela primeira vez, ainda que ligeiramente, a marca dos 400%. Mais exatamente, acumulou até setembro passado uma variação de 400,31%, o que, sem dúvida, é um grande feito, pois, antes do real, índices do gênero chegaram a se acumular em poucos meses.


Mesmo assim, os dois principais produtos da avicultura, frango vivo e ovo, além da principal matéria-prima de ambos, o milho, ficaram aquém dessa inflação. Aqui, o caso mais gritante é o do ovo que, nesses pouco mais de 18 anos, teve seu preço corrigido em apenas 154%. Ou seja: se tivesse acompanhado o IGP-DI teria sido comercializado em setembro passado por algo em torno de R$96,00/caixa. Porém, mal alcançou pouco mais da metade desse valor.

Já milho e frango vivo tiveram evolução mais próxima do IGP-DI, mas também permanecem abaixo e a relativa distância da inflação por ele apontada. Em setembro, acompanhado o índice da FGV, o milho teria custado cerca de R$38,00/saca. Alcançou 86% desse valor. O frango vivo, por sua vez, teria sido remunerado por não menos que R$3,00/kg. Obteve 82% de seu valor real.




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