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Frango do Sul chega mais perto do mercado europeu

Frigoríficos adquiridos pelo grupo americano Tyson Foods vão adotar padrão de qualidade conhecido na União Européia


A aquisição de três indústrias de frango brasileiras pelo grupo norte-americano Tyson Foods, confirmada na última semana, deve abrir espaço para a carne brasileira no mercado mais exigente do mundo, a Europa. A empresa já atua no continente europeu e pretende adotar no Brasil padrão de qualidade internacional, segundo seus diretores. As exportações de frango do Paraná estão crescendo, por enquanto, com a ampliação dos embarques para a Ásia e o Oriente Médio.

“A gente tem que ganhar o direito de vender nossos produtos para o mundo inteiro”, disse o presidente da área internacional da Tyson Foods, Rick Greubel. Segundo ele, o grupo tem um setor que se preocupa só com o bem-estar animal.

O presidente da Tyson Foods no Brasil, o empresário catarinense Jóster Macedo, afirmou que a legislação brasileira estabelece critérios para o abate que fazem com que o frango industrial tenha tratamento tão “humanitário” quanto o frango orgânico. Os frigoríficos e criadores precisam se preocupar com a temperatura nos caminhões e o espaço disponível para cada ave nas caixas de transporte, por exemplo. Esse cuidado é sinônimo de rendimento: ajuda a reduzir a mortalidade e as manchas na carne provocadas por ferimentos.

O grupo Tyson comprou 70% da Frangobras, de Campo Mourão (PR), além da Macedo Agroindustrial, de São José (SC), e da Avícola Itaiópolis, ou Avita, de Itaiópolis (SC). Essas empresas têm capacidade de abate avaliada em 160 mil, 63 mil e 38 mil cabeças de aves por dia, respectivamente. A multinacional anunciou que está investindo R$ 200 milhões na ampliação da produção dessas empresas e que pretende usar os pontos fortes de cada uma delas para conquistar novos mercados.

O presidente da Frangobras, Edimar Arruda, disse que a empresa vai seguir os objetivos da Tyson Foods. O mercado externo torna-se cada vez mais importante para o frango do Paraná. O estado possui participação de cerca de 25% na produção e na exportação de aves do Brasil, disputando a liderança no setor com Santa Catarina. Tem apresentado crescimento que acompanha os índices nacionais. No primeiro semestre, o país exportou 2,2 milhões de toneladas, com aumento de 19,36% sobre o volume embarcado no mesmo período de 2007.

O investimento estrangeiro trará benefício às economias regionais, defendeu Arruda. Para o presidente da Avita, Sérgio Brandalise, “a economia e o setor social brasileiro vai ganhar muito com a entrada da Tyson no país”. A empresa é a maior processadora de carnes do mundo e, depois de estruturar melhor os três frigoríficos que adquiriu, avaliará ampliar seus negócios, que abrangem a produção de carne bovina.

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