CI

Frango exportado: valorização que contradiz a realidade

questão já foi levantada algumas vezes e não há porque não repeti-la: o equívoco nas exportações de carne de abril


A questão já foi levantada algumas vezes e não há porque não repeti-la: onde está o equívoco nas exportações de carne de abril? No volume ou na receita cambial? O fato é que, em um mercado internacional marcado pela desvalorização da carne de frango (comportamento corroborado pela FAO, que aponta – para os últimos 12 meses - queda de mais de 5% no preço do produto e quase total estagnação de preços nos primeiros quatro meses de 2018), o volume exportado pelo Brasil em abril obteve valorização de preço de, praticamente, 22%. Isto, em momento em que, presumivelmente, os efeitos negativos sobre os preços seriam ainda maiores devido não só aos escândalos internos, mas também aos embargos externos. 

Buscando nos números da SECEX/MDIC a resposta para essa indagação, o AviSite comparou os preços médios registrados em abril com aqueles observados no mês anterior. A análise, no caso, envolveu apenas 94 países, pois embora o Brasil tenha atendido até agora 131 países, esses 94 importaram o produto brasileiro tanto em março como em abril, o que deu oportunidade à comparação.

O resultado obtido surpreende. Pois, desse total, pouco mais de um quarto deles apresentou redução de preço em relação ao mês anterior. Ou seja: cerca de 75% dos países importadores pagaram, em abril, valor maior que o registrado em março.

Até aí, porém, nada demais. Porque o surpreendente, de verdade, são os índices de aumento registrados. Na média dos 69 países, 29,4%, mas entre 15 deles o aumento no preço médio pago pela carne de frango variou desde 50% até 257%. Isto, de um mês para outro e num momento de mercado bastante adverso. 
 

Assine a nossa newsletter e receba nossas notícias e informações direto no seu email

Usamos cookies para armazenar informações sobre como você usa o site para tornar sua experiência personalizada. Leia os nossos Termos de Uso e a Privacidade.