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Frango vivo: firmeza em MG, fragilidade em SP. Por quê?

Acompanhando o dia a dia do frango vivo nas duas principais praças do produto no País


Acompanhando o dia a dia do frango vivo nas duas principais praças do produto no País – interior de São Paulo e Minas Gerais – observa-se que enquanto em São Paulo o mercado altera-se conforme a época do mês (primeira ou segunda quinzena), permanecendo entre calmo e fraco, em Minas Gerais mantém firme há um bom tempo. 

O “bom tempo”, neste caso, compreende mais de sete semanas, o que significa que a firmeza do mercado mineiro para o frango vivo segue alheia à época do mês e às condições do consumidor, sugerindo melhor adequação da oferta à demanda existente.

Isso, aliás, se torna mais claro ao acompanhar-se a evolução dos preços do frango vivo nas duas praças. Em São Paulo a cotação do produto chegou aos R$3,25/kg (até aqui recorde no ano) em 13 de setembro e assim permaneceu por cerca de cinco semanas, após o que sofreu três quedas de cinco centavos, retrocedendo aos atuais R$3,10/kg.

O recorde do ano alcançado por Minas Gerais – R$3,20/kg – ficou aquém do registrado em São Paulo. Em contrapartida foi alcançado três dias antes (em 10 de setembro), permanecendo inalterado até agora. Ontem (30), completou 51 dias de vigência – sempre em mercado firme.

Há, sem dúvida, explicações diversas para esse comportamento de certa forma anômalo. Mas, talvez, a principal delas esteja no alojamento de pintos de um dia, dado levantado e divulgado mensalmente pela APINCO.

Conforme a APINCO, entre janeiro e agosto deste ano, frente a uma queda de 3,5% no alojamento nacional, o volume de pintos de um dia alojados em São Paulo permaneceu ligeiramente estável, aumentando 0,2% (cerca de 757 mil cabeças a mais que os 387 milhões de pintos de corte alojados nos mesmos oito meses de 2017). Já Minas Gerais alojou 302,3 milhões de cabeças, quantidade que implicou em 32,3 milhões de pintos a menos que em idêntico período de 2017. Uma redução de, praticamente, 10%, índice bem superior à redução média nacional, de 3,5%.

Com esses desempenhos, a participação de São Paulo no total alojado internamente subiu de 9,32% em 2017 para 9,67% no corrente exercício. Já a de Minas Gerais, que era de 8,06%, agora se encontra em 7,54%. O que – diga-se de passagem – não tem a menor importância para os mineiros que, neste instante, recebem pelo frango vivo valor melhor que os paulistas. 

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