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Frete sobe mais de 63%

Logística mais cara prejudica produto brasileiro e pode comprometer competitividade


Em tempos de safras recorde de soja e milho, o preço dos fretes disparou no Brasil, com altas que ultrapassam os 63%, aponta a Consultoria INTL FCStone. Para se ter uma ideia, o trecho entre Mato Grosso do Sul e os portos de Santa Catarina, que custava R$ 82,50 por tonelada no final de junho, saltou para R$ 135,00 por tonelada na primeira semana de agosto.

“Além da grande oferta de milho, que aumenta da demanda por logística, destaca-se que ainda há volumes consideráveis de soja para serem movimentados, inclusive para serem exportados, aumentando ainda mais a procura por contratação de frete”, explica a Analista de Mercado da INTL FCStone, Ana Luiza Lodi.

Além da forte demanda, outro fator apontada para a inflação do custo de escoamento de grãos é o aumento do PIS/Confins sobre o diesel. De acordo com a ANTC (Agência Nacional de Transporte de Cargas) o tarifaço aplicado pelo governo federal provocou alta de 4% no preço do frete.

Na avaliação de Ana Luiza Lodi, “esse encarecimento do frete traz preocupação quanto à competitividade do milho brasileiro, num momento em que o câmbio já não está tão favorável”. Segundo ela, ainda resta um volume considerável para deixar o país e uma logística mais cara tende a prejudicar o produto brasileiro. A preocupação passa a ser um atraso que coincida o escoamento da produção brasileira com a chegada da safra dos Estados Unidos.

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