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Frio beneficia o desenvolvimento da lavoura de trigo no RS

Com o tempo mais seco, os produtores aproveitaram para finalizar o plantio da safra


As baixas temperaturas registradas no Estado vem favorecendo o desenvolvimento das lavouras de grãos de inverno, como trigo, aveia, cevada e centeio, informa a Emater/RS - Ascar. "Para essas lavouras, o tempo mais seco e frio é considerado um aliado, pois proporciona às plantas um bom enraizamento e um perfilhamento mais vigoroso", explica a diretora técnica da Emater/RS, Águeda Marcéi Mezomo.

A maioria das lavouras de trigo apresenta desenvolvimento de regular a bom. Com o tempo mais seco, os produtores aproveitaram para finalizar o plantio da safra, além de intensificar os tratos culturais e as aplicações de adubos nitrogenados, visando uma melhor padronização e futura produção das lavouras. Os poucos focos de ferrugem da folha e pulgões que se apresentam, estão sendo controlados sem maiores dificuldades pelos triticultores gaúchos. "Devido ao atraso no início do plantio, consequência da estiagem que se prolongou até parte do outono, a atual safra de trigo apresenta pequeno atraso em relação à evolução de suas fases", acrescentou a diretora. Segundo o histórico do acompanhamento semanal, nesta época, a safra deveria apresentar cerca de 2% de suas lavouras em estágio de floração, fase esta crítica em relação às variações bruscas das condições meteorológicas.

A área implantada com canola no Estado se encontra em pleno desenvolvimento vegetativo, mostrando-se tolerante às fortes geadas nesta fase de crescimento das plantas. O stand de lavoura é muito bom, não apresentando problemas fitossanitários. Neste momento, o potencial produtivo mostra tendência de uma ótima safra.

Hortigranjeiros e frutas
A formação de geadas mais fortes no RS causou perdas de quantidade e qualidade na produção de hortigranjeiros, inclusive nas áreas litorâneas. Para as frutas cítricas, as baixas temperaturas conferem uma excelente coloração, mas podem provocar danos para a bergamota variedade Montenegrina, que inicia a colheita. A variedade Caí está com a colheita encerrada. Resta colher apenas 5% da variedade Ponkan e está em plena colheita a variedade Pareci, também conhecida como Montenegrina do Cedo.

Entre as laranjas, estão em colheita as variedades Céu Tardia, fruta com pouca acidez, Umbigo Monte Parnaso, principal fruta cítrica de mesa e a Valência, fruta cítrica com maior área de cultivo no Rio Grande do Sul, utilizada principalmente para confecção de suco, tanto natural como o feito pela indústria. Os preços recebidos pelos citricultores têm se mantidos estáveis, com exceção da lima ácida Tahiti (limão da caipirinha), pelo qual os citricultores passaram a receber R$ 12,00/cx, o dobro do valor que estavam recebendo até então. Essa lima ácida possui floração em várias épocas do ano. Atualmente está sendo finalizada a colheita das frutas resultantes da floração de primavera.

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