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Fruticultura cresce no Espírito Santo

O investimento feito pela Secretaria de Estado da Agricultura (Seag) neste setor, em 2011, foi de R$1,2 milhão


O ano de 2011 foi positivo para a fruticultura do Estado, a atividade vem ganhando força como opção para quem precisa diversificar a produção agrícola e gerar nova fonte de renda no campo. O investimento feito pela Secretaria de Estado da Agricultura (Seag) neste setor, em 2011, foi de R$1,2 milhão.


O recurso financiou a compra de mudas frutíferas, caixas plásticas para o transporte das frutas, além da criação e implementação de Comitês Gestores para a organização dos 12 Polos de Frutas – Abacaxi, Acerola, Goiaba, Manga, Maracujá, Uva, Morango, Mamão, Coco, Tangerina, Banana e Laranja. A grande novidade para a fruticultura em 2012 será o lançamento do Polo de Caju, localizado nos municípios de Pedro Canário e Conceição da Barra.

Segundo o secretário estadual de Agricultura, Enio Bergoli, o Espírito Santo possui uma localização privilegiada e clima propício ao cultivo de várias frutas consumidas dentro e fora do Brasil. “Os investimentos tecnológicos e a criação de parques industriais, voltados à produção de polpa de fruta e suco, têm gerado bons efeitos na economia do Estado, como por exemplo, novos empregos e oportunidades para os pequenos produtores rurais”, afirma Bergoli.

No total, são mais de 80 mil ha de área em produção no Estado, com produção anual de 1,3 milhões de toneladas, gerando cerca de 60 mil empregos diretos e um lucro de R$ 600 milhões, em 2011. Foram adquiridas 425 mil mudas frutíferas, para dar continuidade ao fomento da fruticultura, para a consolidação dos 12 polos existentes, sempre obedecendo a critérios preestabelecidos pelo Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper). Para a distribuição dessas mudas, a Seag adquiriu caixas plásticas do tipo ‘hortifruti’ facilitando o escoamento da produção para outros mercados consumidores sem que haja perda do produto durante o transporte.

“A ampliação e consolidação dos Polos de Fruticultura é uma estratégia para a diversificação da produção e da renda no interior capixaba. O Governo do Estado investe na fruticultura porque é uma atividade que gera renda e emprego em pequenos espaços, e essa é a realidade para 80% de nossos agricultores, que são de base familiar e dispõem de pequenas glebas de terra para produzir”, afirma Enio Bergoli.

A produção frutífera é destinada ao mercado ‘in natura’ e ao industrial, uma vez que o Estado possui os elos da cadeia produtiva de frutas. Vale destacar que uma grande parte dos produtores já está vendendo as frutas produzidas para os programas de compra da produção da agricultura familiar, como o Programa de Aquisição de Alimentos do Governo Federal (PAA) e o da Merenda escolar (PMA), por meio da Sedu, Conab e das prefeituras municipais, respectivamente.


Segundo o gerente de Fruticultura da Seag, Dalmo Nogueira, a produção de frutas cresceu muito no Espírito Santo e tem gerado renda, agregado valores aos produtos e estimulado a economia. “Nos polos há um controle da produção, com técnicos especializados, dando as orientações necessárias ao plantio e alertando para o uso de agrotóxicos. Além disso, há capacitação dos agricultores familiares, por meio de profissionais do Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Espírito Santo (Idaf) e do Incaper, que são órgãos vinculados à Seag e parceiros nos polos”, ressaltou. Nogueira destacou também a atuação importante de diversos parceiros como, por exemplo: OCB, Sebrae, Faes/Senas, Fetaes, indústrias, prefeituras, e outros segmentos da iniciativa privada.

Destaques – Até o ano de 2007, praticamente toda a manga produzida no Estado, era vendida a preços irrisórios para intermediários que revendiam a produção para o comercio varejista e algumas pequenas indústrias da região. Com a inauguração da fábrica de polpa em Linhares (Trop Frutas do Brasil), e com todo o arranjo construído em torno da indústria, por meio do Comitê Gestor do Polo de Manga, coordenado pela Seag, a fruta passou a ser valorizada, e hoje se tornou um negócio importante para os produtores do Noroeste capixaba. O valor acordado com a indústria para a atual safra (2011/12) foi de R$ 12,00/caixa/24kg.

Lançado em 2010 com o propósito de diversificar a produção da região do Vale do Orobó, o Polo de Acerola atendia inicialmente a demanda da indústria Pulp Fruit, localizada em Piúma. A Seag então, após os estudos de viabilidade técnica e econômica, iniciou a cultura na região por meio do Incaper, com o apoio da Coopervidas, da indústria Pulp Fruit, além da OCB. O plantio foi um sucesso e a demanda tem crescido diante da participação de outras indústrias, municípios e estados.

Em 2011 foram produzidas 150 toneladas de acerola, das quais 120 foram absorvidas pela indústria Pulp fruit. Além disso, foram comercializadas 180 toneladas de outras frutas na região, totalizando 300 toneladas. Dessas, 150 foram destinamos para a alimentação escolar de sete municípios do Estado: Serra, Cariacica, Viana, Piúma, Itapemirim, Marataízes e Cachoeiro de Itapemirim, onde aproximadamente 140 mil alunos da rede de ensino capixaba consumiram as polpas de frutas da cooperativa durante o último ano letivo.

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