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Fumicultor recupera solo e produz tabaco de qualidade superior

Embora o escritório municipal da Emater/RS-Ascar não preste assistência direta aos fumicultores


Embora o escritório municipal da Emater/RS-Ascar não preste assistência direta aos fumicultores - isto é feito pelos orientadores das próprias tabacaleiras - a equipe orienta os produtores de tabaco no uso de práticas de recuperação do solo. 'Nós enxergamos a propriedade como um todo e as culturas que lá estão instaladas. Isto implica a recuperação do solo', observa o chefe do escritório municipal da Emater e engenheiro agrônomo, Vicente João Fin.

Dentro deste manejo, a orientação dos técnicos da Emater envolve a coleta e análise para a correção da acidez do solo, a demarcação das curvas de nível para que depois os camalhões sejam feitos a partir destas curvas e o uso de plantas de cobertura de solo de inverno e de verão, como a mucuna, crotalária, aveia e centeio, por exemplo. Também orientam o cultivo do milho safrinha, onde é feita a interpretação e recomendação da adubação, bem como, a calagem para a correção do solo.

Quando aparece algum problema fitossanitário, os produtores também procuram os técnicos e trazem plantas para fazer o diagnóstico das doenças. 'À medida que a gente pode ajudar, acaba orientando sobre como solucionar os problemas', observa Fin. Além disso, ele frisa que a equipe elabora o projeto para a captação dos recursos para o custeio do milho safrinha.

Na pratica

Morador de Linha Arroio Grande, Eroni Gaertner vem usando a adubação verde com aveia preta há diversas safras. Neste ano ele introduziu uma nova variedade recuperadora do solo, que é a crotalária. Ele adotou a leguminosa em 19 mil pés de tabaco como experiência e os resultados da cultura, tanto no desenvolvimento na lavoura, quanto na secagem, são excelentes. 'Valeu à pena usar esta leguminosa', afirma, acrescentando que na próxima safra, provavelmente vai utilizá-la para plantar todo o tabaco.

O interesse de Gaertner em usar a crotalária surgiu há alguns anos quando viu uma lavoura experimental na Expoagro Afubra e também, com os depoimentos de um vizinho, que a utiliza há algumas safras. Porém, nunca adotou antes porque não conseguia as sementes. Neste ano ele conseguiu por meio de uma tabacaleira, a qual é integrado. 'O solo ficou mais descompactado, mais solto e os resultados são excelentes. Uma pena que a gente não conseguiu as sementes há mais tempo', frisa.

55 mil é quantidade de pés de tabaco plantados nesta safra por Gaertner. Ele tem a expectativa de colher, no mínimo, 11 arrobas por mil pés.

Diversificação

A produção da família Gaertner é bastante diversificada. Além do tabaco, que é a atividade principal, investe na produção de milho, soja e trigo e engorda bovinos que são comercializados diretamente para um frigorífico daquela região. Os grãos são utilizados para a confecção da ração, que é utilizada na engorda dos animais. Toda a mão de obra é familiar e envolve Eroni, a esposa Marli e o filho Erli.

Dia Mundial do Solo

Na quarta-feira, 5, foi comemorado o Dia Mundial do Solo, criado em 2002 pela União Internacional de Ciências do Solo (IUSS) para celebrar a importância crítica do solo para a humanidade. O Dia Mundial do Solo é uma oportunidade única para refletir sobre o tratamento humano que este recurso natural finito recebe. A Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) também impulsiona a comemoração deste dia.

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