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Fumo da safra 2006/07 será melhor remunerado

Os fumicultores do Sul do País já colheram 75% da safra atual


Os fumicultores do Sul do País já colheram 75% da safra de fumo 2006/07, estimada entre 720 e 730 mil toneladas. O vice-presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul (Fetag/RS), Sérgio de Miranda, disse que as fabricantes de cigarro precisam garantir uma margem de lucro aos fumicultores nesta safra. Ao contrário da safra passada, quando foi comercializada com uma diferença de preço de 2,07%, Miranda espera que a atual safra seja vendida a um preço superior ao custo da produção. O quilo do fumo foi vendido na safra 2005/06 a R$ 4,24 em média, enquanto que o custo médio de produção saiu a R$ 4,33. "Aquele foi um dos piores anos para a comercialização do fumo, quando o preço ficou abaixo do custo de produção’’, disse Miranda. Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra) espera um reajuste da ordem de 15% nesta safra.

Os fumicultores poderão alcançar algum lucro na atual safra, segundo Miranda, graças à qualidade do produto que está "muito boa’’ mediante as condições climáticas favoráveis ao desempenho das lavouras e ao aumento da adubação no plantio. Além disso, o custo de produção subiu só 1,2% em 2006, menor que os 10% de aumento em 2005. "O agricultor também fez a sua parte, ele adubou e reduziu a área plantada. Com isso, sobrou mais espaço para cuidar mais das lavouras’’, disse Miranda. O custo médio de produção de fumo, que subiu 10% para R$ 4,28 o quilo na safra 2005/06, aumentou 1,2% a R$ 4,33 na safra 2006/07 (o equivalente a R$ 9,2 mil por hectare).

Para Miranda, os custos de produção subiram menos no ano passado porque a depreciação do dólar controlou a alta dos preços dos insumos. Os fumicultores e o Sindicato da Indústria do Fumo (Sindifumo) do Rio Grande do Sul se reunirão no dia 30 deste mês em Porto Alegre para realizar a primeira reunião de negociação de preço desta safra.

Desde dezembro, a indústria vem comprando a mercadoria dos produtores com o mesmo preço praticado na safra 2005/06, decorrente de um acordo feito entre as partes em novembro. Até agora, foram vendidas 2,5% da safra 2006/07, segundo o gerente-técnico da Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra), Geraldo Backes. Disse que a comercialização do produto, que termina em junho, está dentro da normalidade.

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