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Fundação MT tem sementes de agodão adaptadas às condições brasileiras

A aprovação do cultivo de variedades transgênicas de algodão é a segunda maior vitória do Brasil em relação a outros países


A aprovação do cultivo de variedades transgênicas de algodão é a segunda maior vitória do Brasil em relação aos demais países produtores e exportadores, junto com o ganho de causa na Organização Mundial do Comércio (OMC) no processo contra os subsídios aplicados nos Estados Unidos. A avaliação é o presidente da Associação Brasileira de Produtores de Algodão (Abrapa), Jorge Maeda.

"Agora podemos competir com os demais países produtores em igualdade de condições", disse o dirigente. As variedades transgênicas de algodão reduzem a aplicação de defensivos e podem gerar economia de até 20% no custo de produção. "Vamos ganhar competitividade e renda, mesmo num cenário de preços deprimidos", acrescentou Maeda.

A intenção dos produtores, segundo Maeda, é plantar as novas variedades já na próxima safra (2005/06), ainda que as sementes sejam importadas. Várias instituições nacionais (Embrapa, Coodetec e Fundação Mato Grosso, por exemplo) têm sementes transgênicas adaptadas às condições brasileiras, em parceria com as empresas detentoras da tecnologia, como Monsanto e Bayer.

Maeda sugere a importação de sementes dos Estados Unidos ou da Austrália, enquanto não houver produção suficiente no Brasil e até que o processo de registro das variedades seja concluído. "Desde que as sementes importadas tenham a característica aprovada pela CTNBio, não há porque fazer a importação", ponderou João Luiz Pessa, vice-presidente da Abrapa e presidente da Associação Mato-grossense de Produtores de Algodão (Ampa).

Pessa afirma que, não sem atraso, o Brasil finalmente aprovou uma tecnologia já utilizada em todo o mundo. Mesmo em países que restringem a produção de alimentos transgênicos, o algodão modificado já era cultivado. "O algodão transgênico traz benefícios maiores para os países em desenvolvimento. Em lavouras tecnificadas, como são as nossas no Brasil, a vantagem é econômica. Mas em países mais pobres a questão é também de saúde, pois a aplicação de defensivos é feita por trabalhadores que muitas vezes se intoxicam na tarefa", explicou.

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