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Gadolando destaca desequilíbrio na cadeia láctea do Rio Grande do Sul

Entidade ressalta a produtividade e a qualidade da raça holandesa, mas alerta para a baixa remuneração do litro do leite pago ao produtor


A vaca holandesa tem apresentado alta produtividade no Rio Grande do Sul, com animais cada vez mais modernos, com desempenho morfológico e produzindo leite de alta qualidade. No entanto, o período entre os meses de novembro e fevereiro é sempre muito delicado para o produtor de leite que enfrenta uma redução no preço recebido pelo litro em função de uma maior oferta do produto no mercado e queda no consumo. O presidente da Associação de Gado Holandês do Rio Grande do Sul (Gadolando), Marcos Tang, ao fazer uma avaliação, pondera que há um desequilíbrio na cadeia láctea e o produtor não pode arcar sozinho com o prejuízo. 

O dirigente afirma que o Estado é um dos maiores produtores de leite do país, mas ao mesmo tempo é também um dos maiores importadores, principalmente de leite em pó. Por isso, defende o investimento por parte das indústrias na elaboração do leite em pó com o excedente registrado neste período do ano. “A indústria também deve ajudar a absorver o prejuízo e talvez tenha que investir neste produto para ajudar a tirar o leite da sobreoferta. Além disso, há também pouco investimento em produtos derivados do leite com maior valor agregado”, comenta.

O presidente da Gadolando esclarece que o produtor sabe que quem regula o mercado é a oferta e procura, mas acredita que tem de haver alguma normatização ou, no mínimo, um controle para que não haja injustiça. “O produtor é a ponta fraca deste setor, então fica difícil entender, mesmo sendo uma questão de mercado, porque importar tanto leite, se tem a mais internamente. Precisamos ter algum equilíbrio neste setor”, enfatiza Tang, desejando que  os governantes que estão assumindo em 2019 possam ter a sensatez de olhar com carinho e dedicação para o produtor de leite, que dignifica a nação, e que se não for de alguma maneira ajudado e protegido, corre o risco de ter que abandonar o ofício.

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