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Geada na Califórnia não deve afetar preço do suco

A maior geada dos últimos 39 anos não deverá alterar o mercado de suco de laranja


A maior geada dos últimos 39 anos, ocorrida no início da semana no Estado da Califórnia (EUA), não deverá alterar o mercado de suco de laranja. A alta de 3,2% na Bolsa de Nova York, quarta-feira, já foi parcialmente neutralizada ontem (18-01), quando os preços do suco caíram 1,12%, para 201,55 centavos de dólar por libra peso. Apesar o frio rigoroso, os laranjais do estado da Flórida, que concentram a produção da laranja dirigida para a indústria de suco, foram preservados. Na Califórnia, predomina a produção da laranja do tipo navel, semelhante à laranja bahia, destinada ao consumo in natura.

A repentina onda de frio na Califórnia assustou o mercado, o que levou à alta nos preços, afirmou o presidente da Associação Brasileira dos Exportadores de Cítricos (Abecitrus), Ademerval Garcia. Para ele, o impacto da geada será imediato, embora pouco expressivo. "Os produtores locais terão de apressar a colheita e enviar as frutas para a indústria, na tentativa de reduzir os prejuízos provados pelo frio". Há poucas indústrias de suco na Califórnia, informou Ademerval. A sua capacidade também é limitada, o que deverá dificultar o aproveitamento das laranjas.

Fim da colheita:

A poucas semanas do final da safra brasileira de laranjas, as negociações entre citricultores e indústria de suco permanecem intensas. O produtor Antônio Egídio Crestana, representante da Federação da Agricultura do Estado de São Paulo (Faesp) nas negociações de preços da fruta com a indústria, disse ontem que a caixa de 40,8 quilos de laranja já está sendo negociada na porta das indústria por US$ 7.

Mas apenas 10% a 15% da produção é negociado no mercado spot, uma vez que os produtores preferem assegurar sua renda por meio de contratos, embora a preços mais baixos. O impasse na definição dos preços estendeu as negociações por quase seis meses e até agora os citricultores não receberam integralmente os valores acertados na mesa de negociações. Crestaba explica que isso não deve ser motivo de preocupação. Até junho, a Cutrale, a única empresa que assinou o acordo, acertará a diferença, disse.

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