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Geadas no fim de semana põem em risco lavouras de trigo no Paraná

O problema maior é com a geada, especialmente para o trigo


A semana vai ser de chuva no Paraná, mas o que tem causado preocupação aos produtores rurais do estado – especialmente aos que cultivam trigo – é o frio que virá em seguida. A partir do fim de semana, o sistema de chuvas dará lugar a uma massa de ar polar. A expectativa é de que entre a noite de sábado e a manhã de domingo o fenômeno possa trazer até neve para as regiões mais altas do Paraná (faixa que vai de Clevelândia, Palmas e Guarapuava). A previsão é de geadas para todas as regiões paranaenses.

Segundo o meteorologista Luiz Renato Lazinski, do Instituto Nacional de Meteorologia, as temperaturas vão ficar abaixo de zero nos pontos mais altos do estado (assista abaixo) no domingo (20) e na segunda-feira (21). “Há uma pequena possibilidade de neve nas regiões mais altas no Paraná, mas o problema maior é com a geada, especialmente para o trigo. Esse inverno vai trazer outras geadas na sequência, e o que não pegar agora, pode sofrer nas próximas”, alerta.

Carlos Hugo Godinho, do Departamento de Economia Rural do Paraná (Deral-PR), diz que 75% do trigo nas terras paranaenses estão em uma fase de crescimento suscetível a estragos causados por geadas. Isso corresponde a 400 mil hectares, de um total de 1,1 milhão de hectares que estão em desenvolvimento no estado nesta safra. “As previsões de geada se concretizam num período mais curto. Então, pode ser que essa frente fria nem se manifeste com tanta intensidade, mas, se realmente acontecer, de pegar essa área suscetível, teremos perdas”, diz.

As regiões com trigo em fase crítica para geada são Oeste, Noroeste e Norte. Essas são as áreas que têm, também, a previsão de geada menos intensa.

Próxima safra

O meteorologista do Inmet diz que neste ano os produtores precisam se preparar para mais frio e possíveis geadas tardias. Neste ano o tempo está sob influência do fenômeno La Niña (resfriamento das águas do pacífico), o que costuma causar chuva irregular, ondas de frio intenso e um inverno mais longo. “Em resumo, o agricultor na próxima safra de verão não deve esperar um clima tão favorável como ele teve nos últimos três ou quatro safras”, antecipa.

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