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Geadas prejudicam pastagens e criações no RS

Rebanho bovino de corte está com um peso inferior à média dos últimos anos


De acordo com o Informativo Conjuntural divulgado pela Emater/RS-Ascar nessa quinta-feira (27-07), o desenvolvimento e o rebrote das forrageiras naturais e cultivadas foram prejudicados pelas fortes geadas e pelas baixas temperaturas ocorridas no Rio Grande do Sul nas últimas semanas. O campo nativo, mesmo com as chuvas dos últimos dias, não apresentou recuperação significativa, e a oferta e a qualidade do pasto para os animais continuam limitadas.


Devido a essa situação, o rebanho bovino de corte está com um peso inferior à média dos últimos anos. Os animais não apresentam um desenvolvimento satisfatório e aqueles mantidos exclusivamente em campo nativo estão com redução de peso significativa, em virtude da má qualidade dos pastos. No município de Santana do Livramento, o gado está muito debilitado, já sendo registrada a morte de alguns animais por causa da desnutrição. O déficit alimentar tem aumentado a procura por feno por parte dos criadores da região de Bagé. Ainda há disponibilidade de feno de palha de arroz, comercializado a R$ 80,00/rolo. Há informação de entrada de feno do Uruguai, especialmente na faixa de fronteira.

A situação deverá se agravar, caso o frio e as geadas se prolonguem por todo o mês de agosto, tendo em vista que o rebrote da maioria das espécies do campo nativo ocorre, normalmente, no mês de setembro. Para complementar a alimentação do rebanho de corte e melhorar o aproveitamento dos pastos secos, os criadores estão fornecendo sal proteinado aos animais.

O gado mantido em pastagens cultivadas de aveia e azevém está em bom estado, mas as pastagens apresentam baixa produção de massa verde, com desenvolvimento muito lento devido às baixas temperaturas e geadas. Em geral, o estado sanitário do rebanho bovino de corte gaúcho é bom, mas em alguns municípios do Estado, apesar das baixas temperaturas, continuam ocorrendo focos de infestação de carrapatos.


Em relação à produção de leite, a menor oferta de forragens verdes para o rebanho leiteiro tem obrigado os produtores a utilizarem mais silagem, grãos, farelos e rações na alimentação dos animais, o que tem aumentado significativamente os custos de produção e reduzido a rentabilidade da atividade. A maior queda na produção de leite ocorre entre os produtores que não têm reserva alimentar para os animais, como silagem e feno, e dependem apenas do campo nativo e de pequenas pastagens de aveia e azevém para manterem o gado.

O estado sanitário do rebanho ovino é bom na maioria dos municípios produtores do Estado, beneficiado em parte pelo baixo regime de chuvas. Por outro lado, o frio e as geadas também estão reduzindo o peso corporal dos animais, especialmente das ovelhas de cria que estão em pleno período de amamentação ou parição dos cordeiros. Há registros de aumento de mortalidade de cordeiros, devido ao choque térmico na parição e, também, ao mau estado nutricional das ovelhas, que apresentam pouco leite para os cordeiros. Também se constata um aumento na mortalidade de ovelhas paridas, devido às más condições alimentares.

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