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Genes descobertos podem tornar bovinos mais sustentáveis

Os cientistas estão tentando reduzir a pegada de carbono do gado


Foto: Marcel Oliveira

Vários genes recentemente descobertos ligados à eficiência alimentar podem abrir caminho para tornar o gado mais acessível e sustentável, de acordo com um novo estudo realizado por pesquisadores da Universidade de Alberta. Hui-Zeng Sun, pós-doutorando no laboratório de Guan, fez a descoberta usando genômica funcional e estatística computacional para esclarecer a mecânica envolvida na eficiência alimentar, um processo biológico complexo que permanece pouco compreendido.

"Isso está lançando as bases para usarmos esses genes ao fazer a seleção genômica de animais com eficiência alimentar em programas de criação de gado", disse Sun, principal autor do estudo.

Em 2016, Alberta tinha o maior rebanho bovino do país: 4,9 milhões de cabeças, ou cerca de 42% da população total do rebanho canadense. Embora a indústria de carne bovina ainda desempenhe um papel importante na economia da província, está sob crescente escrutínio por sua contribuição para as mudanças climáticas. Uma única vaca ou vaca, explicou Sun, pode produzir até 500 litros de metano, um gás poderoso do fogão, para digerir suas refeições diárias. Quanto mais um animal come, mais metano ele produz.

Portanto, os cientistas estão tentando reduzir a pegada de carbono do gado, maximizando a eficiência alimentar. "Duas pessoas comendo a mesma quantidade de comida podem não ganhar o mesmo peso devido a diferenças em seu metabolismo", disse Sun. "É igual aos animais. Animais eficientes precisam de menos motivos para extrair uma quantidade equivalente de energia e, finalmente, produzir a mesma quantidade de carne. Isso também significa economia para os pecuaristas."

Com a população mundial projetada para chegar a 10 bilhões em 2050 e a demanda por esse motivo aumentando, a Sun acredita que o apetite por ganhos de eficiência alimentar aumentará constantemente nos próximos anos. O laboratório de Guan está agora validando seu trabalho em experimentos maiores, baseados na indústria, um passo que eles esperam confirmar que os 19 genes identificados aparecem em animais conhecidos por mostrarem maior eficiência alimentar.

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