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Genética de plantas pode resolver problema da fome

Estudo é feito há mais de 20 anos


Quando se fala da diminuição de recursos na Terra, aumento de temperaturas e o florescimento da população, a conversa barata é abundante. E às vezes pode ser controversa. Mas a Dr. Pamela Ronald, professora de Patologia de Plantas na Universidade da Califórnia em Davis, não tem tempo para controversas. Ela está ocupada demais em direção a um importante objetivo. “Estou focada no grande desafio do nosso tempo”, diz Pamela. “O objetivo é alimentar a crescer a crescente população mundial sem destruir ainda mais o meio ambiente”.  As informações são da revista Forbes.

Para este fim, Pamela já fez história. Há cerca de 20 anos, ela e seus colegas da UC Davis isolaram o gene de planta Xa21, que lutava contra uma doença, e encontraram o décimo primeiro cromossomo do arroz. O potencial desse feito em engenharia genética foi grande: o arroz alimenta quase a metade do mundo. O New York Times anunciou uma nova era agrícola na época.

É uma época que Pamela ajudou a definir. Em 2006, ela trabalhou com David Mackill e Kening Xu no Consórcio de Pesquisa de Arroz Irrigado (IRRI, na sigla em inglês) isolaram o gene de arroz tolerância submergente 1 QTL, que foi encontrado em uma variedade antiga de plantas de arroz, permitindo a eles a sobreviver por duas semanas abaixo d’água. Um arroz convencional duraria some três ou quatro dias.

No ano seguinte, repórteres da Rádio Pública Nacional visitaram um vilarejo no norte de Bangladseh depois de uma inundação. Somente um produtor, Gobindra Chandra Rai, plantou as sementes Sub1 que foram fornecidas pelo governo. Os repórteres encontraram faixas de plantas afogadas ao redor dos lotes de talos verdes e saudáveis. Os cultivos tiveram êxito. Se perguntou quanto produtores no vilarejo estariam dispostos a plantar o arroz Sub1 no futuro. “Todo mundo”, disse Chandra Rai. No ano passado, 3,5 milhões de agricultores na Ásia plantaram o arroz Sub1.

Em alguns círculos, trabalhos como o de Pamela são considerados como heroicos. Em outros círculos, a genética de plantas guarda mais apreensões que elogios. Quando o “arroz dourado”, feito com vitamina A para prevenir a fome e cegueira, foi testado em campo nas Filipinas em 2013, manifestantes roubaram as plantas. O New York Times reportou que outros cultivos benignos foram destruídos pelo mundo como uvas com propriedades antivirais na França.

Pamela argumenta que o público seria menos temeroso se a conversação sobre cultivos geneticamente modificados permanecessem fundados em ciência. “Muitas pessoas não se dão conta que quase tudo que é comemos é geneticamente modificado de alguma forma. Quase tudo que comemos para sobreviver é domesticado em um sistema”, afirmou.

Ela nota que cultivos geneticamente modificados são julgados seguros por respeitadas organizações como a Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos e a Associação Americana de Avanço da Ciência. Cultivos geneticamente modificados também acenam com vantagens ambientais. Um relatório do Departamento da Agricultura dos Estados Unidos encontrou menos uso de inseticidas em algodão Bt. “Na comunidade científica, a conclusão é que os métodos genéticos modernos são mais arriscados que métodos convencionados é aceita”.

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