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Genômica traz diferencial a touros Nelore

Fazenda introduz genômica na seleção de reprodutores e aponta ganhos reais na atividade


Foto: Arquivo

A genômica é mais do que simples genética. Permite aprimorar o melhoramento de forma completa. E é essa técnica que vem trazendo destaque para os touros Nelore na Agro-Pecuária CFM, na região de São José do Rio Preto (SP). 

A fazenda, com mais de 100 anos, é a maior fornecedora de reprodutores da raça no país. Desde 2002 investe em genômica em parceria com geneticistas da USP Pirassununga mas neste ano passa a adotar a genômica no programa de seleção dos reprodutores. 

Trata-se de um robusto banco de dados de informações genômicas do rebanho que assegura que a nova tecnologia traga ganhos reais a qualquer programa de seleção. Além dos dados coletados a campo, a avaliação genética utilizará informações sobre os genes dos animais para o cálculo das DEPs (diferenças esperadas na progênie). “Os processos de avaliação genética são muito dinâmicos e nos últimos anos a pesquisa evoluiu muito, especialmente na área da genômica. Ciente da importância da inovação, a CFM mantém-se atuante na pesquisa científica, apoiando projetos ligados ao melhoramento animal e permitindo que seu rebanho seja objeto de pesquisas frequentes”, explica Tamires Miranda Neto, gerente de pecuária da CFM.

A adoção da genômica deve contribuir para a seleção dos touros jovens da CFM. Os touros nascidos em 2018, por exemplo, que serão comercializados esse ano e ainda nem entraram em reprodução, contarão com DEPs tão confiáveis quanto as de touros que já tem 10 a 20 filhos avaliados. Sem a genômica, seriam necessários mais três anos de trabalho para obter DEPs tão precisas.

Novo Índice CFM

Desde 1994 a fazenda criou o Índice CFM, principal critério de seleção utilizado. O programa de melhoramento genético avalia mais de uma dezena de características para cada animal do rebanho, com o objetivo de reunir as características mais importantes, ligadas à fertilidade, precocidade, peso e qualidade de carcaça.

Para 2020 o índice foi revisto e passará a contar com novos padrões: peso à desmama (20%), ganho de peso pós desmama (20%), peso aos 18 meses (20%), perímetro escrotal (10%), probabilidade de prenhez aos 14 meses (10%) e musculosidade (20%).

A principal mudança foi a inclusão da DEP de PP14 (probabilidade de prenhez aos 14 meses), que tornará o Índice CFM ainda mais apropriado à seleção de touros cujas filhas emprenharão mais cedo. São fêmeas sexualmente precoces e que tendem a ser mais eficientes ao longo de toda sua vida reprodutiva.

“Tanto a adoção da genômica como o ajuste do Índice CFM têm o objetivo de melhorar ainda mais o resultado da genética CFM nas fazendas de nossos clientes, contribuindo para tornar a pecuária nacional mais eficiente, competitiva e lucrativa”, ressalta Tamires.

Nossa equipe esteve recentemente na Agro-Pecuária CFM e você pode conferir no vídeo como se dá o processo de melhoramento genético.

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