Gigantes chinesas negociam fusão
A previsão é de que a fusão garanta um faturamento anual acima de US$ 100 bilhões
O grupo estatal chinês Sinochem Group e a ChemChina se unirão para criar uma nova empresa, de acordo com informações do portal Agropages. A intenção dos dois grupos é formar a maior empresa de produtos químicos industriais do mundo, avaliada em cerca de US$ 120 bilhões.
Segundo informações vindas da China, a decisão foi anunciada para os colaboradores em uma reunião no último sábado (30.06) à tarde. Durante a reunião, o fundador da ChemChina, Ren Jianxin, anunciou sua aposentadoria, sendo substituído pelo presidente da Sinochem, Ning Gaoning, o que foi confirmado após a entrega de um comunicado para funcionários do Comitê de Supervisão e Administração de Ativos do Estado (Sasac na sigla em inglês).
A união já está sendo especulada desde 2016, quando a Financial Times afirmou que ambas as empresas estavam se preparando internamente para integrar suas operações. As duas companhias e os reguladores chineses, no entanto, vinham negando o boato desde a ocasião - quando a ChemChina analisou as revisões regulatórias para a aquisição da Syngenta (no valor de US$ 44 bilhões), a fim de ampliar seu portfólio global relacionado ao setor de pesticidas, herbicidas, fertilizantes e sementes.
A compra foi concluída no ano passado e precipitou as negociações para a junção das duas gigantes chinesas. O objetivo era de utilizar o balanço mais robusto da Sinochem para ajudar a financiar o negócio. Porém, especialistas analisam que, se a fusão doméstica foi concluída enquanto a aquisição da Syngenta estava em andamento, isso pode provocar revisões regulatórias mais rigorosas, por causa do tamanho e da participação de mercado que a empresa teria, o que dificultaria a fusão das duas.