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Glauber defende uso de tecnologia no agronegócio no Mato Grosso

Opinião é do Conselheiro do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural de Mato Grosso (Senar)


Opinião é do Conselheiro do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural de Mato Grosso (Senar)

“Nós estamos preguiçosos. Temos toda a informação ao nosso dispor mas não aproveitamos”. A “provocação” vem sendo feita durante todo o Circuito Aprosoja pelo conselheiro do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural de Mato Grosso (Senar), Glauber Silveira. Agricultor, agrônomo e representante classista, Glauber deixa claro em sua palestra: a era da agrointeligência chegou para ficar.

A partir de dados sobre a demanda mundial por alimentos, ele mostra o papel estratégico que os agricultores mato-grossense podem desempenhar em futuro bem próximo. Desde que adotem, desde já, toda a tecnologia e gestão disponíveis. “Há 15 anos, a produtividade média de soja vem se mantendo no patamar de 50 sacas/hectare. Alguma coisa estamos fazendo de errado”, alerta Glauber, ex-presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja) e da Aprosoja Brasil.

De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), a demanda por alimentos vai aumentar 70% até 2050, e a participação de Mato Grosso pode fazer a diferença. “O mundo espera que nosso Estado responda por 40% desse incremento. É um grande desafio, mas também uma grande oportunidade. O que falta é tecnologia”, afirma.

Afinal, para atender a essa demanda, da média atual de 50 sc/ha, será preciso alcançar um patamar de 75 sc/ha a 80 sc/ha. E, segundo os dados apresentados por Glauber, isso só será possível com a intensificação da pecuária mato-grossense, de forma a abrir espaço para a agricultura.

Hoje, 37% do território mato-grossense é ocupado pela agropecuária, sendo 11% com a produção agrícola e 26% com pastagens para o gado. No cenário desenhado pelo conselheiro do Senar-MT, as áreas agrícolas chegariam a 28% do estado, e a pecuária ocuparia 9%. “Assim, teríamos uma ampliação de produção nas duas atividades, uma vez que a pecuária intensiva é mais produtiva que a extensiva. E, o melhor: sem a abertura de novas áreas”, pondera Glauber.

O Senar realiza, ao lado da Aprosoja, a 11ª edição do Circuito Aprosoja. Nesta semana, o evento será encerrado após passar pela região Leste. Com o desafio de identificar as oportunidades que a crise atual pode apresentar para o produtor, o evento conta também com uma palestra institucional do presidente da Aprosoja, Endrigo Dalcin. Além disso, o consultor Fernando Pimentel aborda o cenário macroeconômico e as potencialidades em meio à crise. 

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