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Glifosato: Juiz dos EUA retira exigência do alerta de câncer

Conclusão foi de que não existem evidências de que o produto cause câncer


Foto: Marcel Oliveira

O juiz distrital da Califórnia, nos Estados Unidos, William B. Shubb, retirou a exigência de alerta de câncer na embalagem do glifosato, segundo informações divulgadas pela Bloomberg. De acordo com ele, mesmo que a Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer (IARC), parte da Organização Mundial da Saúde (OMS) afirme que o produto é possivelmente carcinogênico, a Agência de Proteção Ambiental dos EUA (EPA) afirmou o contrário. 

"Apesar da determinação da IARC de que o glifosato é um 'provável agente cancerígeno', a afirmação de que o glifosato é 'conhecido por causar câncer no estado da Califórnia' é enganosa", escreveu o juiz. "Todo órgão regulador de que o tribunal está ciente, com a única exceção da IARC, descobriu que o glifosato não causa câncer ou que não há evidências suficientes para demonstrar que o faz", completou. 

Uma coalizão de grupos agrícolas, incluindo a Associação Nacional de Produtores de Milho, a Associação Nacional de Produtores de Trigo e a Associação de Revendedores Agrícolas, juntou-se à Bayer no processo contra a rotulagem. "Esta é uma decisão muito importante para a agricultura da Califórnia e para a ciência", afirmou a Bayer em comunicado por e-mail. 

O juiz concluiu que "as evidências não apoiam um requisito de alerta para o câncer nos produtos à base de glifosato, dos quais agricultores de todo o mundo dependem para controlar ervas daninhas, praticar agricultura sustentável e trazer seus produtos ao mercado com eficiência". 

O caso é a Associação Nacional de Produtores de Trigo v. Zeise, 17-2401, Tribunal Distrital dos EUA, Distrito Leste da Califórnia (Sacramento). 

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