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Goiás pode perder área de algodão para a cana

As dificuldades no setor estão favorecendo a migração para a cana


A migração dos produtores de algodão para a atividade canavieira é considerada certa em Goiás, caso as dificuldades persistam. Isso porque a cotonicultura é considerada uma atividade de risco, trabalhosa, cara e que demanda muita mão-de-obra. Esse processo, segundo o presidente da Agopa, já ocorre e tende a se intensificar.

Nas regiões de altitude abaixo de 600 metros, como a que compreende os municípios de Acreúna, Santa Helena, Porteirão e Itumbiara, tradicionais no cultivo do algodão, a cultura foi substituída em grande parte pela soja e pela cana-de-açúcar. A região, responsável por quase 70% da produção goiana de algodão há cerca de cinco anos, responde atualmente por apenas 8%.

No rearranjo por que passa a atividade, o algodão tem migrado para as regiões altas, em razão da melhor adaptabilidade da cultura. “Agora essa concorrência tende a se estender também para as regiões altas, a exemplo do que já ocorre em Paraúna, Montividiu, Jataí, Mineiros e Chapadão do Céu”, teme o presidente da Agopa. A redução dos preços do açúcar no mercado internacional e do etanol no mercado interno, no entanto, deve frear, em parte, a perda de área do algodão para a cana-de-açúcar.

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