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Governador Maggi revela nova realidade do MT

Unificação de discursos e prática de ações reconstruíram a imagem de MT


Mato Grosso alterou nos últimos anos sua imagem ambiental graças ao diálogo e ações conjuntas com instituições públicas, do setor produtivo e ambientalistas. Esta foi a principal mensagem exposta pelo governador Blairo Maggi durante participação no 8º Congresso Brasileiro de Agribusiness, ontem, realizado em São Paulo, pela Associação Brasileira de Agribusiness (Abag).

Entre tantas iniciativas desencadeadas, explicou, uma das primeiras foi fazer uma "ponte com o setor ambiental". Maggi falou aos participantes do congresso sobre "Sustentabilidade como negócio", no painel "Mercado e Soluções", com o representante do agronegócio, Carlo Lovatelli, do embaixador Marcos Azambuja e do ministro extraordinário de Assuntos Estratégicos da Presidência da República, Daniel Vargas. "Ninguém consegue mudar só na base da polícia, com fiscalização, mas sim em conjunto, com conversa. E aí o setor produtivo e os ambientalistas ajudaram a mudar a imagem de Mato Grosso", revela o governador.

A fim de ilustrar a mudança provocada pela união, o governador mostrou um quadro comparativo sobre áreas desmatadas. No início do seu primeiro mandato havia 11 mil quilômetros quadrados (km²) de área desmatada anualmente. No ano passado o indicador registrou cerca de 3 mil km² e este ano deve encerrar em aproximadamente 2 mil km², segundo projeção compilada a partir de dados do Programa de Cálculo do Desflorestamento da Amazônia (Prodes), divulgados periodicamente pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

Maggi ainda defendeu a integração agricultura e pecuária como forma de diminuir a pressão sobre áreas da Amazônia, um dos biomas existentes em Mato Grosso. A utilização de pastagens seria a forma de duplicar a produção agrícola, citou. Entretanto, sem "ocupar a floresta". "É possível fazer com que a moratória da carne aconteça. Mato Grosso se compromete a não ocupar a floresta", diz.

"Dos 25 milhões de hectares disponíveis de pastos, algo em torno de 10 milhões dobraria a área da agricultura e a produção agrícola sem tocar na Amazônia", esclarece. Mas, o governador projetou o cenário com a condição de investimentos do governo federal em alocação de recursos de longo prazo para o setor.

O governador aponta que utilizando 7,5% da sua área com a agricultura, Mato Grosso é maior produtor de soja, algodão e segundo maior de milho segunda safra.

DESMATE - Maggi sugeriu durante o congresso da Abag que o governo brasileiro leve a proposta pactuada pelos governadores da Amazônia Legal sobre o pagamento por serviços ambientais (PSE) à Conferência das Partes - COP15 - da Convenção das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, a ser realizada em Copenhaguen (Dinamarca), em dezembro. A retribuição financeira é um dos itens que integra a proposta de redução de emissão de gases de efeito estufa, o programa Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação Evitados (REDD).

No raciocínio do programa, os estados brasileiros receberiam para manter a floresta em pé, mas a sua efetivação depende de negociações multilaterais do Brasil com mediação do governo federal. Ou um acordo com os países poluidores.

Outra ação apresentada por Maggi foi a proposta do MT Legal do governo de Mato Grosso, onde há tentativa do governo estadual de regularizar propriedades rurais no que diz respeito à legislação ambiental. "A legislação federal confusa faz com que o produtor prefira continuar na ilegalidade do que migrar para a legalidade", explica.

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