CI

Governo anuncia medidas de apoio ao milho, sorgo e leite


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou ontem (10-02) um conjunto de medidas de apoio à produção de milho, sorgo e de leite. As principais são a fixação de um preço de referência para o financiamento de leite, por intermédio de Empréstimo do Governo Federal (EGF), e a criação de uma Linha Especial de Crédito à Comercialização (LEC) de milho e sorgo, com juros de 8,75% ao ano, destinada a agricultores, cooperativas e agroindústrias. O crédito para comercialização de milho e sorgo, proveniente das exigilibilidades bancárias (25% dos depósitos à vista a serem aplicados no crédito rural), poderá ser contratado com 180 dias de prazo de vencimento e preços próximos aos de mercado. De acordo com o secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária a Abastecimento, Ivan Wedekin, as medidas visam estimular o plantio dos dois cereais, estabilizar os preços e incentivar a estocagem.

O secretário confirmou que haverá aumento substancial nos limites de crédito de custeio para milho e sorgo. “O sistema financeiro poderá disponibilizar R$ 1 bilhão a mais de recursos das exigibilidades bancárias que poderão ser utilizados no crédito rural, incluindo a estocagem com base nos preços de mercado”. Os valores para custeio e comercialização deverão ser aprovados hoje (11-02) em reunião extraordinária do Conselho Monetário Nacional (CMN).

Leite

O presidente Lula, por sugestão do Ministério da Agricultura, incluiu o leite na Política de Garantia de Preços Mínimos (PGPM) fixando em R$ 0,32/litro o preço de referência do leite para as regiões Sudeste e Nordeste e o Paraná; em R$ 0,30/litro para o Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Goiás, Mato Grosso do Sul e Distrito Federal; e em R$ 0,27/litro para a Região Norte e o Estado de Mato Grosso. “O preço estabelecido servirá apenas como referência para os financiamentos à estocagem, não tendo significado com o valor mínimo praticado pelo mercado”, explicou Wedekin. Em algumas bacias leiteiras, como nas de São Paulo e Minas Gerais, as indústrias pagam hoje acima de R$ 0,45/litro.

O secretário esclareceu ainda que como se trata de um financiamento de comercialização que tem como garantia o próprio produto estocado, sua operacionalização será feita com subprodutos lácteos passíveis de armazenagem, como o queijo, o leite longa vida, o leite em pó e manteiga. “A medida tomada pelo presidente Lula representa o atendimento de um pleito histórico do setor produtivo, que tem passado por uma volatilidade de preços muito forte desde a liberalização do mercado no início dos anos 90”, explicou Wedekin.

Assine a nossa newsletter e receba nossas notícias e informações direto no seu email

Usamos cookies para armazenar informações sobre como você usa o site para tornar sua experiência personalizada. Leia os nossos Termos de Uso e a Privacidade.