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Governo anuncia R$ 360 milhões para crise do arroz

Setor avalia, no entanto, que novas medidas são insuficientes


Setor avalia, no entanto, que novas medidas são insuficientes

O governo federal está lançando novas medidas de apoio aos produtores de arroz do Sul do Brasil, que enfrentam uma crise devido ao baixo preço do produto. Serão lançados leilões de opções pública e privada para permitir a comercialização de até 1 milhão de toneladas do grão. O governo vai destinar R$ 300 milhões aos leilões de opção pública e R$ 60 milhões para os de opção privada. A portaria interministerial autorizando esses leilões deve sair nos próximos dias.


Segundo o ministro da Agricultura, Wagner Rossi, o objetivo é garantir o escoamento da safra a preços melhores para os produtores. Atualmente, o valor de mercado praticado no Rio Grande do Sul está em R$ 20,00 por saca de 50 quilos. O preço mínimo fixado pelo governo é de R$ 25,80.

Na opção pública, o produtor compra, por meio de leilão, o direito de vender o produto ao governo. Nessas operações, realizadas pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), poderão ser comercializadas até 500 mil toneladas de arroz. Os produtores que participarem do leilão poderão vender o produto ao governo ao preço de R$ 29,00 a saca, para entrega em 30 de novembro.

Outras 500 mil toneladas do grão serão comercializadas por meio de leilões de opção privada. Neste caso, o governo paga um prêmio a empresas interessadas em lançar opções de venda ao produtor a preço pré-determinado (R$ 29,00 a saca de 50 quilos para entrega em 30 de novembro).


O presidente da Federação dos Arrozeiros do Estado (Federarroz), Renato Rocha, garante que essas medidas ainda não resolvem. Ele salienta que o problema mais emergencial é a questão do credenciamento de armazéns junto à Conab, para que o produtor tenha acesso aos recursos.

COLHEITA

No Vale do Rio Pardo a colheita do arroz já chega a 73%. Dos 19 mil hectares de arroz cultivados na região, 13,8 mil já foram colhidos. Na comparação com as demais regiões produtoras do Estado, o Vale do Rio Pardo está atrás apenas de São Borja, na Fronteira Oeste, que já colheu 84% da área semeada.

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