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Governo argentino diz que não vai "mudar 1 cm"

Agricultores contestam paralização das exportações de milho


Foto: Pixabay

O ministro das Obras Públicas da Nação da Argentina, Gabriel Katopodis, concedeu uma entrevista à Rádio El Uncover comentando sobre um possível recuo na proibição das exportações de milho. “Por uma vez esses setores têm que pensar no resto dos argentinos. Boa parte desses setores que vão muito bem tem que pensar no interesse do país. Por isso o governo tomou essa decisão”, comentou. 

“O que está claro é que o governo não vai se mover um centímetro”, acrescentou, referindo-se a 2020 como “um ano de muitas tensões”, onde “fizemos o que tínhamos que fazer”. “Não cedemos a pressões, como o levantamento da quarentena e a contribuição extraordinária. São vários episódios em que o Governo foi testado”, completou. 

No campo, a restrição às exportações de milho gerou forte rejeição devido à experiência do impacto que medidas desse tipo geraram na produção. Já a Asociación Argentina de Productores en Siembra Directa (Aapresid) apontou que, no período de cinco anos sem restrições à exportação de grãos, a produção média de milho cresceu 72%, de 28,8 para 49,6 milhões de toneladas, enquanto a produção média de soja não variou significativamente , manteve-se na mesma faixa de 50,5 e 51,1 milhões de toneladas médias nos dois períodos. 

A Aapresid uma organização não governamental sem fins lucrativos integrada por uma rede de produtores agrícolas que, com base no interesse em conservar o seu principal recurso, o solo, adotaram e promoveram a disseminação de um novo paradigma agrícola, baseado na Semeadura Direta, visando aumentar a produtividade sem os efeitos negativos dos esquemas de cultivo. 

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