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Governo aumenta empréstimo para ajudar produtores de leite


O ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, anunciou, após reunião na Casa Civil, nesta quinta-feira (29-01), que por enquanto não haverá intervenção do governo na Parmalat Brasil. Porém, ele anunciou que o governo vai aumentar o volume de crédito a produtores de leite. De acordo com Rodrigues, a companhia brasileira tem, atualmente, cerca de R$ 40 milhões de dívida com os pequenos produtores de leite.

Representantes dos ministérios da Agricultura, Fazenda, Justiça e também do Banco do Brasil, Banco Central e a Comissão Especial da Parmalat na Câmara participaram do encontro para encontrar uma maneira de cobrir o calote dado pela Parmalat brasileira.

Diante do pedido de concordata da Parmalat Brasil, que poderá gerar desemprego e a perda da produção do leite brasileiro, o governo decidiu comprar o estoque de mil toneladas de leite em pó que teria sido utilizada como forma de pagamento da Parmalat aos pequenos produtores brasileiros. A intenção do governo é doar o leite para o Fome Zero.

Outra decisão do governo, segundo o ministro Roberto Rodrigues, foi de aumentar a linha de crédito com mais R$ 100 milhões — passando de R$ 200 milhões para R$ 300 milhões, a juros de 8,75% para as cooperativas de pequenos produtores e quem não for de cooperativa terá uma média de juros especial.

"Essa linha de crédito servirá para os produtores financiarem atividades deles na alternativa de não receberem o pagamento da Parmalat, ou comprar o leite em pó, ou subsidiar, ou financiar um programa de retenção de matrizes", disse Rodrigues.

Segundo o governo, essas medidas irão garantir a renda do produtor rural e a sua atividade. Quanto o que vai acontecer mais à frente, em relação a uma possível intervenção do governo, vai depender muito da decisão judicial sobre a concordata da Parmalat Brasil. "Quanto tempo demora isso, que tipo de ação o Judiciário vai fazer, no ponto de vista de designar alguém para ajudar administrar a Parmalat? Então há uma série de ações que ainda não estão claras, em razão pela qual o governo não pode tomar decisões além das que foram tomadas hoje", concluiu o ministro.

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