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Governo boliviano sinaliza que não sacrificará gado infectado

MT terá que ficar um ano e meio em alerta vermelho na faixa de fronteira


Mato Grosso terá que ficar um ano e meio em estado de alerta vermelho na faixa de fronteira com a Bolívia ante a posição do país vizinho em não sacrificar os animais infectados pela febre aftosa. A janela expõe ainda mais o Estado ao risco de embargos comerciais à carne por compradores internacionais. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) posiciona que a negativa impõe maior controle ainda sobre o trânsito de animais e a vacinação do rebanho, principalmente nos casos em que uma mesma propriedade tem a área instalada parcialmente nos solos mato-grossense e boliviano.

"Essa decisão é política e tudo tem que ser colocado na calculadora. Para um país que tem menos de 3% do rebanho bovino do Brasil pode não ter impacto deixar de exportar, mas para nós isso seria estrondoso", declara o diretor substituto do Departamento de Saúde Animal (DSA) do Mapa, Guilherme Marques. O período de um ano e meio é o tempo de vazio sanitário determinado pela Organização Internacional de Epizootias (OIE) aos países que optam pelo não sacrifício.

A janela é estipulada pelo fato de que o vírus causador da doença pode permanecer ativo no animal sem qualquer sinal clínico. Até agora são 26 animais infectados em fazendas da região do Departamento de Santa Cruz. Marques afirma que nas propriedades sobre a linha de fronteira está sendo adotado maior rigor nas fiscalizações.

O delegado-chefe da Polícia Federal em Cáceres, Márcio Virgílio de Faria, afirma que não há denúncias de contrabando de animais e produtos registradas na delegacia e que o efetivo local está à disposição do Mapa e Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea) para reforçar o trabalho de fiscalização. "Não digo que não existe o contrabando, mas não há denúncias ou processos de investigação".

Apoio - Técnicos do Mapa se reúnem na quarta-feira (07-02) com representantes do Ministério de Desenvolvimento Rural da Bolívia para discutir o apoio brasileiro no trabalho de combate à aftosa.

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