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Governo brasileiro divulga café brasileiro na Europa

Marca Cafés do Brasil foi divulgada na feira World of Coffee Maastricht 2011, realizada na Holanda


O café brasileiro ganha fama na Europa com ajuda do governo brasileiro. Na última semana, o Ministério da Agricultura, Pe­­cuária e Abastecimento, em par­­­ceria com a Associação Bra­sileira de Cafés Especiais, participou de um dos eventos mais importantes do setor no velho continente, com recursos do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé). O valor não foi revelado. A marca Cafés do Brasil foi divulgada na feira World of Coffee Maastricht 2011, realizada na Holanda.


A Associação de Cafés Especiais da Europa (SCAE, na sigla em inglês) é que promoveu o evento. O Ministério da Agri­cultura, Pecuária e Abaste­cimento (Mapa) tinha também interesses diplomáticos. Foi representado pelo diretor do Departamento do Café, Robério Silva, indicado para diretor-executivo da Organi­zação Internacional do Café (OIC).

O estande Cafés do Brasil, segundo o Mapa, teve 32 metros quadrados. No local, os visitantes degustaram cafés especiais de diferentes regiões produtoras brasileiras. Puderam conhecer variação de sabores que muitos brasileiros não conhecem.

Não foi a primeira vez que o poder público incentivou a indústria de cafés especiais. Um estande foi montado também na feira da Associação Americana de Cafés Especiais (SCAA, sigla em inglês), realizada de 29 de abril a 1.º de maio, em Houston (EUA).

Segundo Silva, a participação facilita contatos e negócios com potenciais compradores. Em sua avaliação, o Brasil precisa se posicionar enquanto fornecedor de produto final. Os europeus estão entre os maiores consumidores de café do mundo. O produto vem sendo divulgado entre os jovens para que a demanda não siga linha de queda. Segundo a indústria europeia, as propagandas começam a surtir efeito na disputa com refrigerantes.

Grãos especiais atraem mais investimentos da indústria

O Brasil tenta reforçar a industrialização de café a partir de linhas com padrão elevado, que custam mais caro ao consumidor. Maior torrefadora de grãos gourmet e especiais do Brasil, a Café do Centro quer ampliar seu faturamento em 30% em 2011, depois de ter avançado 20% em 2010, quando arrecadou R$ 30 milhões. Uma das estratégias é ampliar o número de clientes (que atualmente soma 3.600), avançando nas regiões onde atua: Paraná, Santa Catarina, Rio de Janeiro, São Paulo, Rio Grande do Norte.


O setor é promissor, segundo a Associação das Indústrias de Alimentos (Abia). Os cafés especiais – que exigem maior participação da indústria na cadeia de produção – tiveram faturamento 6,2% maior no primeiro trimestre deste ano, na comparação com o mesmo período de 2010. A previsão da Abia é que o índice de expansão de 2011 seja de aproximadamente 5%.

O consumidor mostra-se disposto a pagar mais por café de qualidade, avaliam os diretores da Café do Centro, Rodrigo e Rafael Branco Peres. Um xícara de gourmet chega a custar cinco vezes mais que a bebida comum. Outro fator que dá lastro para os projetos das indústrias é o costume de tomar café fora de casa.

A do Centro, que atua desde 1916 e monitora o desempenho das principais regiões produtoras, quer reforçar sua presença principalmente no Paraná, São Paulo e na Região Nordeste.

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