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Governo investe em ações para fortalecer exportação de carne suína em MT

Hoje, 70% da exportação é oriunda do Rio Grande do Sul e Santa Catarina


O Governo do Estado terá sete novos postos de fiscalização sanitária de produtos de origem vegetal e animal em 2016 por meio de uma parceria entre o Instituto de Defesa Agropecuária do Estado de Mato Grosso (Indea) e a Secretaria de Estado de Fazenda (Sefaz). O anúncio foi feito pelo governador em exercício Carlos Fávaro na abertura do Seminário de Defesa Sanitária de Mato Grosso nessa terça-feira (16.02).

Conforme Fávaro, o governo está trabalhando de forma integrada para trazer resultados para o setor de produção de carne suína, que tem um grande potencial de expansão nos próximos anos. "Uns dos focos do governo do estado no seminário é buscar a implementação da certificação da Organização Mundial de Saúde Animal para que Mato Grosso seja declarado livre da peste suína clássica, o que possibilitará alcançar novos mercados para a carne suína" afirmou.

Ele citou ainda que a missão do governador Pedro Taques durante esta semana em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos, no Fórum Global para Inovações na Agricultura, é justamente abrir mercado para os produtos mato-grossenses. No entanto, é preciso fazer a lição de casa e dar condições sanitárias para certificação dos produtos.

“Não basta termos matéria prima abundante e barata para sermos competitivos. Temos que ter uma ação conjunta entre o estado e o setor produtivo. A iniciativa privada precisa ter sanidade, e o governo tem que fiscalizar. Tudo isso, somado as medidas discutidas neste Seminário ocasionará em portas abertas no mercado internacional”, complementa o governador em exercício, afirmando o comprometimento público com a cadeia produtiva.

O presidente do Indea, Guilherme Nolasco, conta que no ano passado quatro novos postos já foram abertos, um na cidade de Guarantã do Norte, um em Vila Rica, divisa com o Pará e mais dois postos volantes utilizados como barreiras sanitárias em diversos municípios.

Fávaro ressalta ainda a vocação do estado para se destacar neste mercado, pois possui a matéria prima mais barata do mundo (soja e milho) para a produção de suínos, e mesmo assim representa apenas 1% do total exportado pelo Brasil, com três plantas frigoríficas registradas e nenhuma com a certificação necessária.

Fiscalização sanitária
A ampliação do serviço de fiscalização sanitária faz parte de um conjunto de ações do governo para que Mato Grosso possa receber a certificação da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), quebrando a barreira que hoje impede a ampla exportação da carne suína. Atualmente,  16 estados estão habilitados pela OIE, e destes apenas dois se destacam na produção.

“Cerca de 70% da exportação do país é do Rio Grande do Sul e Santa Catarina, que tem o milho e a soja muito mais cara que a nossa, inclusive compram boa parte dos insumos de Mato Grosso. O que os coloca neste patamar é a certificação da OIE, entre outros fatores”, explica Fávaro.

Ele aponta também que a melhoria da logística, desenvolvida pelo Governo do Estado em projetos de asfaltamento e recapeamento de rodovias, deve tornar o ambiente negocial mais favorável para industrialização da matéria prima. A duplicação da BR-163, que está em andamento, foi citada como um bom exemplo de mudança favorável ao transporte da proteína animal para exportação.

Conforme o diretor Associação dos Criadores de Suínos de Mato Grosso (Acrismat), José Paquer, Mato Grosso tem cerca de 140 mil matrizes consideradas tecnificadas, ou seja, animais para reprodução de excelente qualidade comercial, e mais em torno de 50 mil matrizes consideradas de criatórios, que não tem o controle sanitário e genético devido. A Associação acompanha este progresso, e ainda orienta os criadores com melhoria das práticas na criação animal.

Mercado
No ranking mundial o Brasil está em 5º lugar na produção de carne suína. Segundo o Ministério da Agricultura, até 2020 a expectativa é que a produção nacional de carnes suprirá 44,5% do mercado mundial. Já a carne de frango terá 48,1% das exportações mundiais e a participação da carne suína será de 14,2%

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