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Governo promete liberar verba para defesa sanitária

O governo e a cadeia produtiva estão se mobilizando para recuperação dos recursos do programa de defesa sanitária


O governo e a cadeia produtiva estão se mobilizando para recuperação dos recursos do programa de defesa sanitária do Ministério da Agricultura que foram bloqueados pela equipe econômica no fim do mês passado. Ontem (03-05), durante a solenidade oficial de abertura da ExpoZebu 2005, em Uberaba, no Triângulo Mineiro, o risco de faltar dinheiro foi o principal tema dos discursos, devido ao fato de poder comprometer as exportações brasileiras de carne, que devem render ao Brasil US$ 3 bilhões este ano.

Segundo o ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, já foram recuperados R$ 40 milhões dos recursos contingenciados. A verba inicial era de R$ 134,9 milhões. “Devemos reaver a totalidade”, afirmou. “Não é possível que cortes orçamentários eliminem nossas vantagens competitivas.” O vice-presidente da República, José Alencar, afirmou que o presidente Lula está atento ao que ocorre na agricultura e pecuária. “Estamos vivendo época de orçamento muito apertado, mas devemos tomar cuidado para que os cortes não atinjam áreas que são absolutamente prioritárias”, disse, após vacinar um boi e abrir oficialmente a campanha nacional de vacinação contra a febre aftosa.

O ex-ministro da Agricultura e atual presidente da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec), Marcus Vinicius Pratini de Moraes, afirmou que durante a sua gestão, no governo passado, o orçamento médio para defesa sanitária animal era de R$ 130 milhões. “O ideal é algo entre R$ 100 milhões e R$ 150 milhões, dependendo dos projetos existentes”, calculou.

O governador Aécio Neves disse que cabe à União garantir condições de segurança sanitária, mas que o governo do Estado apóia esse processo. “Sabemos que esse é um mercado disputado a cada arroba e que os concorrentes não medem esforços para a conquista de novos clientes”, observou. Para ele, os governos estaduais e a União devem assumir posição cada vez mais firme de guardiões sanitários do rebanho nacional, para evitar que doenças voltem a justificar a criação de barreiras às exportações.

Guitarra vendida a preço de boi:

A guitarra doada pelo roqueiro Lenny Kravitz ao presidente Lula para ser leiloada e gerar recursos para o programa Fome Zero foi arrematada, ontem, durante almoço na Fazenda Mata Velha, em Uberaba, por R$ 322 mil. O empresário Pedro Grendene Bartelli e sua mulher Tânia, donos das indústrias de calçados Grendene e Vulcabrás e da Fazenda Nelore Grendene, levaram a guitarra. Estima-se que o dinheiro dê para construir 230 cisternas no semi-árido. O próprio presidente Lula deverá entregar a guitarra aos ganhadores, em Brasília, já que ela não foi levada ao leilão por medida de segurança.

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