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Governo quer mudar classificação do cereal

O que é um cereal classificado como tipo 1 pode ser rebaixado para tipo 2


A mudança de classificação do arroz, proposta pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, mexeu com os brios dos produtores. Pelo projeto do governo - que ficará em consulta pública por quatro meses - o que hoje é um cereal classificado como tipo 1 poderá ser rebaixado para tipo 2, por exemplo. Hoje, para receber tal denominação, admite-se 10% de quebrados. Na nova classificação, serão apenas 5%.

A proposta do governo foi feita a partir da coleta de amostra nos estados produtores. "Verificamos que, na prática, a qualidade pode ser melhorada", diz Karina Coelho, chefe da Divisão de Normas Técnicas do ministério. De acordo com ela, a portaria sobre o padrão é de 1988 e precisava ser atualizada. Além disso, era necessária a inclusão de novos produtos. "Estamos seguindo normas do Mercosul e dos Estados Unidos", diz.

O presidente do Sindicato da Indústria de Arroz de Mato Grosso, Joel Gonçalves Filho, não concorda com a mudança. "Já tivemos o arroz Cirad desclassificado. Agora podemos perder o Primavera", afirma. Em sua avaliação, trata-se de um "lobby" dos produtores do Sul.

O ex-presidente da Federação dos Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz), Valter Pötter, também não concorda com a mudança. Em sua avaliação, o ideal seria a criação de uma nova categoria: arroz premium (para o tipo 1 de melhor qualidade).

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