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Governo sul-africano investiga empresas que reclamaram do frango brasileiro

“Parece que a aversão à concorrência está profundamente enraizada no setor agrícola”


De acordo com o diário de negócios sul-africano Business Day, ao mesmo tempo em que a indústria avícola local reclama do governo proteção contra o presumível dumping do frango brasileiro, o órgão federal que regula e fiscaliza a concorrência está concluindo investigações de conduta anticompetitiva por parte de alguns integrantes dessa mesma indústria.


Conforme o jornal , a International Trade Administration Commission (ITAC, o “CADE” sul-africano) anunciou na segunda-feira, 13, que para proteger a avicultura sul-africana havia imposto taxas adicionais (literalmente: aplicado direitos antidumping) sobre os produtores de frango brasileiros – “apesar de suas conclusões sobre as queixas de dumping não estarem concluídas”.

Já na terça-feira, 14, o Business Day obteve a informação de que a ITAC também investigava denúncias de que as mesmas empresas que se queixaram do dumping desenvolviam atividades contrárias à livre concorrência, como a divisão de mercados entre si, fixação de preços em comum e compartilhamento de informações. O processo está em fase de conclusão, sendo fortes os indícios de que a avicultura sul-africana vem manipulando economicamente a atividade.


Entrevistado pelo jornal, Keith Weeks, Diretor da ITAC, observou que se existe concorrência por parte do produto importado há, igualmente, falta de concorrência local. “Parece que a aversão à concorrência está profundamente enraizada no setor agrícola”, afirmou. A denúncia da associação avícola local contra os exportadores brasileiros é outro indicativo da aversão do setor à concorrência – diz o Business Day.

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