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Greening ameaça pesquisa em Cordeirópolis (SP)

O pomar do banco ativo de germoplasma do Centro de Citricultura Sylvio Moreira, está infestado com greening, a maior praga da citricultura


O Brasil, líder mundial na pesquisa e produção de laranja, corre o risco de perder o maior banco genético de frutas cítricas do planeta, com 800 espécies e 20 mil árvores. O pomar do banco ativo de germoplasma do Centro de Citricultura Sylvio Moreira, em Cordeirópolis (SP), está infestado com greening, a maior praga da citricultura.

Nesta semana, 5 mil plantas de uma das coleções do centro serão eliminadas, numa tentativa de evitar o avanço da doença para outras áreas do pomar. Por sorte estas plantas são cópias de outras já existentes e as plantas originais, que têm 17 anos, ainda não foram destruídas.

De acordo o diretor da instituição, Marcos Antonio Machado, a saída para preservar o restante do pomar é reproduzir e transferir as espécies para estufas, onde é impossível a entrada da Diaphorina citri, minúsculo inseto que transmite a bactéria Candidatus liberibacter, causadora do greening.

Para preservar o banco genético seria preciso fazer três cópias de ao menos 2,5 mil plantas, o que demandaria uma área de estufa de aproximadamente 5 mil metros quadrados. "Para isso, é preciso investimento do Estado de R$ 300 mil a R$ 400 mil", calcula Machado.

O secretário da Agricultura de São Paulo, João Sampaio, garantiu que investirá na construção da estrutura necessária para preservar as espécies ameaçadas. "O governo assume que vai bancar o que for necessário, já que o centro é um patrimônio da nossa citricultura", afirmou.

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