Ativistas do Greenpeace protestaram ontem (11-05) contra os transgênicos em frente a unidade de processamento de soja da Bunge Alimentos, em Passo Fundo, no Rio Grande do Sul. Os ambientalistas acusam a empresa de que não estaria rotulando os produtos fabricados e que contenham organismos geneticamente modificados (OGMs).
Eles alegaram descumprimento do decreto 4.680, de 2003, cujo conteúdo prevê que todos os produtos com mais de 1% de matéria-prima transgênica devem ter rótulo específico. Para a coordenadora da Campanha de Engenharia Genética do Greenpeace, Mariana Paoli, a falta de rótulo fere o direito do consumidor brasileiro.
O diretor de comunicação da Bunge Alimentos, em São Paulo, Adalgiso Telles ressaltou que, em um país onde a produção de soja transgênica é permitida, é impossível garantir que os produtos derivados da soja sejam 100% isentos de OGMs.
Telles garantiu, no entanto, que a Bunge cumpre a Legislação porque todos os itens fabricados e comercializados no país contêm índices abaixos do 1% permitido. “Caso alguém quiser tirar a prova, basta adquiri-los e fazer o teste”, sustentou.