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Greve dos fiscais será por tempo indeterminado

A greve atinge os serviços relacionados à inspeção de carne nos frigoríficos


Agora é por tempo indeterminado a greve dos fiscais agropecuários federais, retomada na terça-feira (28-08) em todo o país. Em Mato Grosso são 75 fiscais que poderão aderir ao movimento. Segundo o presidente da Associação dos Fiscais Agropecuários Federais de Mato Grosso (Affama/MT), Joaquim Botaro, a greve atinge todos os serviços relacionados à inspeção do complexo carne em todos os frigoríficos com o Serviço de Inspeção Federal (SIF), fiscalização de entrada e saída dos produtos da fronteira, importação de fertilizantes e agrotóxicos, exportação através da Estação Aduaneira do Interior (Porto Seco), classificação de produtos de origem vegetal, fiscalização de sementes produzidas no Estado e inspeção na área de alimentos, bebidas e laticínios.

Os fiscais vão manter o atendimento de emergência – a chamada “operação padrão” - que assegura a realização parcial de atividades de inspeção/fiscalização animal e vegetal em Mato Grosso em áreas consideradas essenciais, conforme exige a legislação. Para os frigoríficos e portos, serão mantidas 60% das atividades. Para as demais áreas a exigência mínima de atendimento, no período da greve, é de 30% do efetivo de fiscais”, alerta a Affama/MT.

De acordo com Joaquim Botaro, “a greve desta vez é pra valer”. Ele garante que a categoria só vai suspender o movimento depois de assinado o acordo com o governo federal. “Pelo menos essa é a orientação passada pelo comando nacional de greve”, esclarece. Até mesmo durante o período de negociação com o governo, os fiscais vão manter a paralisação. “Demos uma trégua de 20 dias ao governo federal, mas nenhuma das nossas propostas foi aceitas. Agora vamos ser mais contundentes”, assinala Botaro. Durante o dia de ontem os fiscais se reuniram para traçar as novas diretrizes do movimento para o Estado. “Vamos montar novas estratégias de mobilização na medida em que a paralisação for avançando”, diz ele.

Os fiscais reivindicam a reestruturação da categoria e o repasse do passivo aos médicos veterinários do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). O que se pretende é o cumprimento integral dos termos de compromisso assinados pelo governo federal em dezembro de 2005 e que não foram cumpridos. A cobrança é pela aprovação do projeto de reestruturação de carreira e salário, criação de uma escola de formação de fiscais agropecuários federais e realização de concurso público para a contratação de novos profissionais.

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