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Gripe suína começa a trazer tensão ao setor de carga rodoviária


Fabíola Binas

SÃO PAULO - O avanço do contágio pelo vírus Influenza (H1N1) preocupa as empresas de carga rodoviária do País, especialmente aquelas que fazem a travessia entre as fronteiras do Brasil com outros países da América do Sul. O DCI apurou que foi já registrado o falecimento de três caminhoneiros, entre eles um da cidade de Passo Fundo e o outro de Erechim, ambos municípios do Rio Grande do Sul. Até ontem eram 29 pessoas em todo o País.


A apreensão é maior no porto seco de Uruguaiana (RS), por onde são feitas quase 23 mil travessias mensais, sendo 10,7 mil em operações de importação e outras 11,7 mil na exportação de produtos para o território argentino. A jurisdição de Uruguiana contempla ainda as regiões fronteiriças de São Borja, Itaqui, Barra da Quaraí e Quaraí.

"O pessoal está muito preocupado, principalmente nas regiões de fronteira, onde os hospitais não têm leitos disponíveis. Os motoristas estão orientados a descerem de máscara nos recintos alfandegados", comentou Ademir Pozzani, vice-presidente da área internacional de cargas Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística (NTC & Logística).

Existem informações sobre motoristas que deixaram de efetuar viagens por receio do contágio, o que pode ser um sinal de diminuição no fluxo de cargas entre os países, mas o número ainda não foi contabilizado pelas entidades.

Carretas

Pozzani revelou que só de lâmpadas comuns são cerca de 50 carretas por dia. Outros produtos como eletroeletrônicos, móveis, itens de vestuário e calçados, além de adubo e químicos, também passam pelos dois lados. "Somos uma grande plataforma fornecedora para América do Sul", disse, ao acrescentar que prefere ser cauteloso e acreditar em uma resposta rápida das autoridades ao problema.


Outra região de fluxo logístico pesado, como Foz do Iguaçu, divisa com a Argentina, tem uma média mensal de 11 mil caminhões, entre importações e exportações. Em Corumbá, ao lado da Bolívia, são 9 mil veículos de carga, enquanto em Aceguá, Chuí, Santana do Livramento e Jagurão, vão e voltam quase 5 mil carretas do Brasil e Uruguai.

Milhares de folhetos estão sendo distribuídos entre os caminhoneiros, orientando a intensificação das ações preventivas desenvolvidas pelas Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

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