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Grupo de empresários vai investir R$ 25 milhões em startups do agronegócio

A partir de 2017, o plano do AGROFIP é investir R$ 25 milhões nos próximos cinco anos


A partir de 2017, o plano do AGROFIP é investir R$ 25 milhões nos próximos cinco anos

Com foco no desenvolvimento de inovações tecnológicas para impulsionar o agronegócio no Espírito Santo e no País, um grupo de empresários capixabas decidiu criar um veículo de investimento em startups que tenham projetos e soluções para o setor. A partir de 2017, o plano do AGROFIP é investir R$ 25 milhões nos próximos cinco anos, sendo os primeiros recursos em 10 projetos que ajudem o trabalho no campo. Segundo Marcilio Riegert, diretor da StartYouUp, uma das empresas parceiras, 10% do valor será investido já no próximo ano.

O AGROFIP foi idealizado durante o ano de 2016 por um grupo de empresários do agronegócio capixaba, mas com visão nacional e internacional de que as novas tecnologias devem impulsionar o campo e, por isso, divide as mesmas convicções que será por meio do agronegócio e, principalmente do agronegócio digital brasileiro, que virão as grandes oportunidades de investimentos.

Segundo Riegert, o grupo é formado por três empresas e mais 19 pessoas, todas do Espírito Santo. Para selecionar os projetos, foi aberto um cadastro no site www.agrofip.com.br para que as startups façam a inscrição e tenham a ideia avaliada. O investimento varia de R$ 250 mil a R$ 2 milhões por empresa que tiver o projeto selecionado. Ele explicou que, por não se tratar de um edital, não há prazo estabelecido para que as startups se inscrevam junto ao fundo para ter o projeto analisado. “Quem chegar primeiro, será logo avaliado”, diz Riegert.

“Montamos um veículo de investimento para participar de empresas do agronegócio. Esses investimentos podem transformar o agronegócio do Estado do Espírito Santo, bem como do Brasil. O Brasil já é referência mundial, imaginem quando as tecnologias se tornarem algo padrão. Existe muita oportunidade no nosso mercado e vamos buscá-la”, projetou Riegert.

O secretário de Estado da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca, Octaciano Neto, afirmou que a inovação, com a atração para criação de startups e a mecanização da produção agropecuária, é um dos pilares estabelecidos no Plano Estratégico de Desenvolvimento da Agricultura Capixaba (PEDEAG 3), lançado no início de dezembro e que projeta as estratégias e iniciativas para o setor até 2030.

“Dentro do PEDEAG 3 a inovação foi colocada como uma das diretrizes. Os capixabas estão antenados na nova economia. Buscaremos ser protagonistas em outras tecnologias, como drones e robótica, sensores e equipamentos inteligentes, mecanização, big data, certificação; softwares de gestão de fazendas, dentre outros. O mundo do agronegócio vive uma efervescência tecnológica, com o aumento de startups voltadas para o setor em busca de soluções por meio da tecnologia, chamado AgTech. Precisamos e vamos participar deste contexto”, afirmou o secretário.

O AGROFIP

O AGROFIP é um veículo de investimentos - sociedade por ações - formatado exclusivamente para o mercado de agronegócio. Posicionado como um importante agente de investimentos e fomento de novas tecnologias para toda a indústria do agronegócio nacional e internacional.

Idealizado durante o ano de 2016 por um grupo de empresários do agronegócio capixaba que divide as mesmas convicções, do agronegócio como base da economia brasileira e todo o seu potencial de crescimento ainda a ser explorado. Atualmente o AGROFIP vem angariando e despertando cada vez mais interesse por parte de novos investidores, parceiros e patrocinadores.

Para o ano de 2017 o plano de investimentos do AGROFIP considera ao menos 10 novos empreendimentos para investimento. A seleção de empreendimentos acontece de forma contínua por meio do site www.agrofip.com.br.

AgTech no Brasil

Segundo o 1º Censo AgTech Startups Brasil”, realizado pela Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (ESALQ/USP) e o AgTech Garage, o país tem 75 startups que desenvolvem tecnologias voltadas para o campo. As empresas de AgTech tiveram um grande salto em número nos últimos três anos. Para ter uma ideia da proporção, até 2011 existiam apenas nove startups no Brasil, segundo o censo, e todas as demais surgiram de 2013 em diante.

O Estado de São Paulo possui 50% das startups de AgTech, sendo que dessas a maioria está em de Piracicaba. Na cidade, encontram-se 19% de todas as startups de AgTech do Brasil, sendo o maior cluster do país no setor.
Destaca-se também Minas Gerais, com 18% das startups. Na sequência vêm os estados do Sul do Brasil (Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul), com 24% do total. Os demais estados brasileiros somam apenas 8%, demonstrando que o eixo de inovação em AgTech está no Sul e no Sudeste.

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