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Grupo de SP lança tecnologia até 40% mais barata para biodiesel

O grupo Marchiori propõe substituir o aço inox e o titânio usados nos reatores das plantas, por fibra de vidro


Reuters - O grupo Marchiori, de Piracicaba (SP), lançou nesta quarta-feira (07-03) uma nova tecnologia para a produção de biodiesel que custa de 30 a 40 por cento menos que os processos até agora disponíveis no mercado, ao substituir o aço inox e o titânio, normalmente usados nos reatores das plantas, por fibra de vidro.

Uma unidade com a nova tecnologia, totalmente desenvolvida no Brasil, está sendo instalada em Sinop (MT), e uma segunda deve estar montada até o fim do ano, em Piracicaba. Há outras 15 plantas em negociação, segundo a empresa.

"Nosso custo é mais baixo porque a tecnologia é nossa, não pagamos royalties e o material é mais barato", disse o presidente do grupo, Antônio Martinho Marchiori, a repórteres durante a Feicana, exposição do setor sucroalcooleiro.

Segundo o diretor do departamento de bioenergia, Luiz Barbosa, a empresa foi procurada por vários interessados, inclusive do exterior, que ficaram intrigados com a utilização de fibra de vidro nos reatores em que ocorre a transformação do óleo vegetal em biodiesel.

Ele explicou que o material suporta calor até 99 graus centígrados e que, no processo de fabricação do biodiesel, a temperatura máxima atingida é de 75 graus. Além disso, o produto resiste à pressão e sua instalação é mais simples.

Segundo Marchiori, uma fábrica completa para 30 mil litros/dia de biodiesel a partir do grão (de soja, amendoim, etc) custa 20 milhões de reais. Uma unidade com a mesma capacidade a partir do óleo vegetal sai por cerca de 7 milhões de reais.

A idéia da empresa é vender o projeto principalmente para usinas de açúcar e álcool.

"De 15 a 20 por cento do biodiesel é etanol, e as usinas têm 20 por cento de suas terras renovadas todo ano, que ficam ociosas por 6 a 7 meses e podem ser usadas para o plantio de oleaginosas", afirmou Marchiori.

O mercado externo também está nos planos da companhia, que já negocia contratos de venda da tecnologia com empresas do Canadá, da República Dominicana e do Chile.

A unidade que está sendo instalada em Piracicaba, que pertence ao próprio grupo, terá capacidade para 3 milhões de litros/ano (ou 150 mil litros/dia) de biodiesel.

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