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GT de mudanças climáticas na Reaf: a importância da agricultura familiar no tema

As mudanças climáticas são uma realidade no nosso planeta


As mudanças climáticas são uma realidade no nosso planeta. Enchentes, geadas e secas atingem a sociedade e a produção de milhares de agricultores pelo mundo. Para discutir o tema, a Reunião Especializada sobre Agricultura Familiar no Mercosul (Reaf), na qual a Secretaria Especial de Agricultura Familiar e do Desenvolvimento Agrário (Sead) está à frente da Presidência Pro Tempore no Brasil, conta com o Grupo Temático (GT) Mudanças Climáticas e Gestão de Riscos.

A Reaf enxerga a prática da agricultura familiar como um grande meio para o enfrentamento às mudanças climáticas. A consultora da Sead, Ticiana Imbroisi, ponto focal do GT no Brasil, ressalta que ao longo dos anos o grupo tem tratado o tema de uma forma mais ampla, trazendo outros pontos para o debate, como a prática da agroecologia, a conservação de sementes crioulas e os recursos genéticos. 

Ticiana explica que a agroecologia, por exemplo, é vista pelo GT como uma grande ferramenta no combate às mudanças climáticas. “Temos trabalhado na perspectiva de que a agroecologia oferece uma nova forma de cultivo em substituição às monoculturas e que ela oferece respostas aos fenômenos das mudanças climáticas. Queremos dar visibilidade a essa prática sustentável da agricultura familiar”, afirma. “O papel desses povos na conservação da biodiversidade e no enfrentamento às mudanças climáticas é fundamental. Estamos fazendo esse link com a capacidade que a agroecologia e as práticas tradicionais de conservação de sementes têm para o enfrentamento desse problema global”, ressalta. 

Outros temas também vêm ganhando espaço dentro do grupo, como a conservação de sementes tradicionais e dos recursos genéticos. O GT tem oferecido diversas atividades sobre o tema.  Esse ano, já foi realizada uma oficina em Buenos Aires para 50 pessoas, entre campesinos, agricultores, indígenas e comunidades tradicionais, em busca de promover capacitações sobre o acesso e repartição de benefícios oriundos da biodiversidade. “O agricultor pode ser um provedor, um usuário e um comercializador desses recursos, e por isso precisa se capacitar”, diz Ticiana. 

Transversalidade

Um dos destaques do GT de Mudanças Climáticas é a transversalidade com os demais GTs da Reaf. Ticiana explica que o tema das mudanças climáticas precisa dialogar com os outros assuntos pois ele envolve o papel das mulheres na agricultura familiar, dos jovens e mesmo a Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater), possível tema de um novo GT na Reaf. “O GT tem um caráter especial por ter o apelo da transversalidade. Tem a capacidade de conectar-se com todas as outras temáticas tratadas pela REAF. Por isso eu digo que ele é um GT transversal. 

Atualmente, uma das principais pautas do GT é a elaboração de um programa regional de enfrentamento às mudanças climáticas. O grupo pretende retomar a discussão para definir quais as linhas principais para uma abordagem que atenda a todos os países do Mercosul. 

Grupos Temáticos 

Os Grupos Temáticos (GTs) são espaços de diálogo político e atuam na busca de consenso e acordos que atendam todas as temáticas. Atualmente, a Reaf possui seis GTs: gênero, juventude, acesso à terra, mudanças climáticas, registros e comércio. E agora, caminha para mais um novo grupo, o de Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater). Saiba mais aqui.

Sobre a Reaf

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