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Guedes defende programa continental de erradicação da aftosa

A erradicação da febre aftosa ultrapassou as fronteiras do Brasil e passou a ser um problema de toda a América do Sul


A erradicação da febre aftosa ultrapassou as fronteiras do Brasil e passou a ser um problema de toda a América do Sul, destacou o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Luís Carlos Guedes Pinto, ao fazer palestra nesta terça-feira (16-01) no LII Curso de Aperfeiçoamento de Diplomatas, no Instituto Rio Branco, em Brasília. Por isso, ele defende o lançamento de um programa continental para enfrentar a doença. “Já apresentei a proposta à OIE (Organização Mundial de Saúde Animal), à FAO (Organização das Nações Unidades para Agricultura e Alimentação) e ao IICA (Instituto Interamericano de Cooperação para Agricultura).”

Dono do maior rebanho comercial do mundo, com cerca de 205 milhões de cabeças e primeiro maior exportador global de carne de gado, com embarques (in natura e industrializada) de US$ 3,92 bilhões no ano passado, o Brasil tem uma fronteira seca de mais de 14 mil quilômetros. Isso, avalia Guedes, deixa o País naturalmente vulnerável. “Precisamos, ao mesmo tempo, intensificar as ações no nosso território e participar de um programa conjunto com os demais países vizinhos para eliminar a doença.”

O ministro enfatizou também que a erradicação da doença não depende apenas do governo federal. “O Ministério da Agricultura é o responsável pela coordenação do Programa Nacional de Erradicação da Febre Aftosa, mas cabe aos estados executá-los. Além disso, nossos pecuaristas precisam se conscientizar sobre a necessidade de cumprir o calendário de vacinação, que prevê duas imunizações durante o ano.” Ao defender uma ação conjunta para erradicar a aftosa, Guedes disse ser desaconselhável um estado impor a outros restrições ao trânsito de animais e seus produtos. “Essa questão precisa ser tratada de forma integrada. O bloqueio interno não é bom para o País.” Em 2006, o Brasil registrou casos da doença no MS e no PR. Os dois focos já foram eliminados, e o território paranaense voltou a ser reconhecido pelo Ministério da Agricultura como livre de aftosa com vacinação. “O Mato Grosso do Sul também deve voltar a ter essa classificação.”

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