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Guedes diz que Brasil contribui para preservação ambiental

Ministro afirma que o Brasil é uma das nações que mais contribuem no mundo para a preservação ambiental


O Brasil é uma das nações que mais contribuem no mundo para a preservação ambiental, disse nesta quarta-feira (28-02) o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Luís Carlos Guedes Pinto, ao participar da abertura do seminário Mudanças Climáticas Globais e seus Efeitos na Agricultura, Recursos Hídricos e Saúde Pública, na sede do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). “A nossa matriz energética é extremamente conservacionista”, afirmou, ao destacar o forte emprego de fontes limpas no País, como a hidreletricidade e o álcool. “Portanto, não podemos aceitar que queiram nos responsabilizar pelo aumento da emissão de gases no planeta.”

Guedes ressaltou que o mundo está sentindo hoje os efeitos de um processo cumulativo da emissão de gases provocado pelo uso em larga escala de energia fóssil, como o petróleo e o carvão. “Os grandes responsáveis pela questão climática são os países desenvolvidos, que agora devem contribuir com os custos das ações de preservação ambiental.” Essas economias, acrescentou, precisam se comprometer efetivamente em reduzir a poluição global. “O Brasil, por exemplo, é signatário do Protocolo de Kyoto - tratado internacional que prevê a redução das emissões de gases causadores do efeito estufa -, mas nem todos quiseram assinar o documento.”

O ministro reafirmou também que o governo brasileiro tem consciência da importância de tomar medidas da preservação ambiental. Segundo ele, os ministérios da Agricultura, Meio Ambiente, Desenvolvimento Agrário e Saúde, entre outros, estão empenhados em implementar políticas públicas que busquem a sustentabilidade dos recursos, contribuindo para reduzir a degradação do planeta. “Por isso, apoiamos a realização de encontros como este, que servem para incentivar o diálogo e a cooperação, a fim de que possamos oferecer informações qualificadas à sociedade.”

Ao reforçar a necessidade de qualificar o debate, Guedes lembrou que o Brasil é um dos países que mais preservam as suas florestas originais. “Temos 69,4% de nossas florestas originais preservadas. Enquanto isso, a Europa só tem 0,3%, a Ásia, 6%, a África, 8%, a América Central, 10% e a América do Norte, 32%.” Os dados fazem parte de estudo encomendado pelo ministro à Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), que tomou como referência para o levantamento um período de oito mil anos.

“É óbvio que entendemos a preocupação com o desmatamento na Amazônia, que teve uma redução nos últimos dez anos graças às ações do governo brasileiro. No entanto, não podemos aceitar que queiram nos responsabilizar pela devastação das florestas”, comentou Guedes. De acordo com ele, a agricultura nacional também não pode ser apontada como vilã na questão ambiental. “Nos últimos 15 anos, nossa produção mais do que duplicou, enquanto a área plantada cresceu cerca de 25%. Esse aumento resultou dos ganhos de produtividade, e não da expansão da área cultivada. Hoje, podemos duplicar a nossa safra agrícola sem derrubar uma árvore sequer.”

Ele enfatizou ainda que o uso de álcool combustível ajuda a reduzir os danos ambientais. Atualmente, mais de 40% da frota brasileira de veículos leves usa etanol. “Isso dá uma extraordinária contribuição à redução da emissão de gases.” Assinalou também que o País produz e utiliza biocombustíveis. Nos próximos anos, deve aumentar a utilização de biocombustíveis no Brasil, o que ajudará ainda mais na preservação do planeta.

O seminário foi promovido pelo Inmet em parceria com o Instituto de Pesquisas Espaciais (Inpe/CPTEC), Sociedade Brasileira de Meteorologia (SBMet), Agência Nacional das Águas (ANA) e a Universidade de São Paulo (USP).

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