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Hortaliças e aromáticas em consórcio trazem bons resultados em Sergipe

‘Consórcio entre hortaliças e plantas aromáticas’ é liderado pela Embrapa Tabuleiros Costeiros


Fazer chegar à mesa do agricultor familiar uma dieta mais diversificada e rica, e ao mesmo tempo lhe proporcionar melhores opções de renda comercializando uma maior variedade de produtos. Esses resultados já estão sendo alcançados em Sergipe, dentro do Plano de Ação ‘Consórcio entre hortaliças e plantas aromáticas’, que integra o projeto ‘Bases Científicas e tecnológicas para o desenvolvimento da agricultura orgânica no Brasil’.

O plano de ação é liderado pela pesquisadora da Embrapa Tabuleiros Costeiros (Aracaju, SE), Maria Urbana Corrêa Nunes, e tem a participação de Luciana de Carvalho, João Bosco Gomes, Marcelo Fernandes e Ivênio de Oliveira, também pesquisadores da Unidade. Com experimentos conduzidos no campo experimental em Umbaúba (foto), no Sul Sergipano, a pesquisa desenvolveu tecnologia para produção de tomate e de repolho em consórcio com erva-doce em sistema orgânico de produção.

Dias de campo, cursos e palestras levam o conhecimento a pequenos produtores familiares do Sul e Agreste Central Sergipanos, territórios que se destacam na produção de hortaliças e plantas aromáticas. Agricultores de cidades como Areia Branca e Itabaiana têm utilizado a técnica com resultados interessantes em termos de retorno econômico e diversificação de produtos para comercialização.

Os pesquisadores recomendam um sistema de produção que contempla boa variedade de culturas. Dentro desse sistema é inserido o plantio de abacaxi, com barreiras vivas de leguminosas, maracujá e mamão. Tudo numa mesma área de produção, mantendo o espaçamento requerido pela erva-doce e o tomate.

“Isto ajuda a promover uma maior diversificação de culturas na área, favorecendo a biodiversidade em um sistema orgânico de produção. O pequeno produtor tem, na mesma área, mais quatro alimentos, além do tomate, para consumir e comercializar. Isso significa enriquecimento da sua dieta e aumento da sua renda”, afirma Maria Urbana.

Atualmente, os pesquisadores estão realizando estudos com o coentro consorciado com repolho e com abobrinha. Segundo Maria Urbana, a técnica pode ser aplicada em outras áreas do país que tenham microclima semelhante.
O projeto

Liderado pela Embrapa Agrobiologia (Seropédica, RJ), o projeto ‘Bases Científicas e tecnológicas para o desenvolvimento da agricultura orgânica no Brasil’ integra o Macroprograma 1 (Grandes Desafios Nacionais) da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Embrapa, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

Iniciada em 2007, a rede de pesquisa em agricultura orgânica é formada por 27 Unidades da Embrapa, agregando 369 pesquisadores técnicos, além de 25 instituições parceiras como Organizações Não-Governamentais (ONGs), Universidades e instituições de pesquisa e extensão, além de entidades financiadoras.

A execução do projeto se estende até o final de 2001, mas seus resultados trazem uma série de benefícios duradouros para a agricultura orgânica e sustentável no Brasil.

A carteira do Macroprograma 1 engloba grandes projetos em rede, que envolvem grande número de parceiros de pesquisa e financiamento nacionais e internacionais. As informações são de assessoria de imprensa.

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