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Hortaliças mais baratas, frutas mais caras

A batata foi a que teve a maior queda, superando os 40% em vários entrepostos


Foto: Eliza Maliszewski

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulgou nesta terça-feira (18) o 8º Boletim do Programa de Modernização do Mercado Hortigranjeiro (Prohort). O levantamento leva em consideração as principais Centrais de Abastecimento (Ceasas) do país. Nas hortaliças (alface, batata, cebola, cenoura e tomate) a maioria dos itens teve baixa. A grande oferta de produtos pressionou a queda dos preços mesmo com alta no consumo. Já nas frutas avaliadas (banana, laranja, maçã, mamão e melancia) o cenário é inverso, com alta nos preços.

Batata é a campeã

A batata, um dos itens mais presentes na mesa do brasileiro, foi a que teve a maior queda de preços. Em Belo Horizonte caiu mais de 45% e em Goiânia 44%. O produto teve grande incremento de oferta. No mês analisado, a movimentação de batata dentro das ceasas teve alta significativa, cerca de 20%, pressionando os preços para baixo. Em comparação com julho de 2019, esta movimentação aumentou, aproximadamente, 15%. São Paulo, Minas Gerais e Goiás estão em plena colheita.

A alface só não teve menor preço na Ceasa Curitiba e na Ceagesp, sendo que em São Paulo foi influenciada pela diminuição da oferta devido à diminuição da área plantada. Já nas capitais Belo Horizonte, Recife, Fortaleza e Rio de Janeiro, os volumes comercializados aumentaram em relação a junho e a julho do ano passado. O menor preço ocorreu em Recife (34%).

Para a cebola, há uma tendência de diminuição de preços até mesmo para este mês, depois de apresentar queda na maioria das capitais analisadas. Maior queda em Brasília (16%). Já para a cenoura, a sobreposição de duas safras em julho motivou uma cotação menor, embora com menor intensidade dos que os registrados em junho. A redução foi maior em Fortaleza (43%). O tomate registrou queda de preços em todos os mercados, o que vem ocorrendo desde abril. Com a demanda ainda retraída, algumas Ceasas apresentaram baixas significativas, como em Goiânia (38%), Fortaleza (38%) e Vitória (22%).

Melancia nas alturas

No levantamento das frutas a melancia é a que apresenta a maior alta. Com oferta reduzida e menos produto no mercado a cotação chegou a registrar alta de 57,6% na Ceagesp. Baixa de 5% somente em Curitiba.

No mamão os preços do formosa melhoraram em parte, sobretudo no varejo, graças à boa qualidade de vários lotes e do preço mais baixo em comparação com o tipo papaya. Na primeira quinzena do mês, o papaya teve queda de preços por causa da competição com o formosa, mas voltaram a aumentar por causa da diminuição da disponibilidade da fruta nas roças. Alta de 25% em Belo Horizonte e queda de 31% em Vitória.

O mercado de laranja manteve boas cotações aos produtores na maior parte do mês, com a produção sendo absorvida pelas indústrias produtoras de suco na atividade de moagem, principalmente as laranjas precoces; isso deve continuar nos meses seguintes, e fará com que a disponibilidade do produto para o varejo fique controlada e as cotações e a rentabilidade dos produtores se mantenham em bons patamares. No balanço geral a fruta teve queda em seis entrepostos. A maior foi em Recife com 20%.

A maçã teve oferta controlada para os tipos grandes e pequenos, e tanto para a variedade fuji quanto para a gala. Os preços subiram no decorrer do mês, influenciados primeiramente pela oferta baixa conjugada ao uso das câmaras frias, mesmo que tenha havido demanda enfraquecida por causa dos preços das maçãs grandes. Alta de 18% em Goiânia.

Por fim a banana teve aumento de preços e de oferta na maioria das Ceasas. Os fatores que influenciaram foi o fim da safra em São Paulo e os prejuízos causados pelo ciclone-bomba em plantações de Santa Catarina. Alta de 12% em Goiânia e 10% em Brasília.
 

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