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Hortas e fazendas verticais são alternativa na agricultura

Alta densidade demográfica deixou de ser obstáculo para agricultura


A tendência de maior consumo de verduras e hortaliças no mundo impulsiona o crescimento das chamadas fazendas verticais. Esse tipo de técnica para cultivo inclui hortas criadas em pequenos espaços urbanos com vários pisos, e tem ganhado popularidade em lugares com alta densidade demográfica - em substituição às tradicionais estufas.

No caso do Japão, a empresa Mirai decidiu investir em fazendas verticais depois do terremoto e tsunami de 2011, quando a oferta de comida baixou. Desde 2013, a companhia começou a produzir alface em uma área de 2.300 metros quadrados. Nos cinco andares se colhem 10.000 alfaces todos os dias. As verduras são vendidas diretamente a restaurantes e pequenos armazéns. A Mirai já abriu filiais na Mongólia e em Hong Kong.

Já nos Estados Unidos, o irmão do fundador da Tesla, Elon Musk, um dos empreendedores mais conhecidos do país, está investindo em fazendas verticais na Califórnia. Kimbal Musk utiliza luzes de led para produzir alfaces em pequenos contêiners ou pequenas estufas. Ele comprou 20 contêiners e produz em nove pisos numa área de 0,6 hectares com mais de 200 tipos de verduras. Com empregos diretos a cerca de 120 pessoas, Musk vende a negócios locais como The Compass Group, ShopRite, WholeFoods e FreshDirect.

Nos Países Baixos, a produção vertical de pimentões também é uma realidade. A empresa Certhon colheu pela primeira vez de suas estufas sem luz natural. Originalmente, a companhia é fabricante de estufas. "Nós olhamos ao melhor negócios por região. Às vezes é uma estufa e às vezes é um sistema sem luz solar. Depende das circustâncias. Nós focamos nas necessidades do cliente e a vantagem econômica que pode trazer a ele", afirmou o gerente Hein van der Sande em artigo do Portal HortiDaily. Na região, vivem aproximadamente 500 pessoas por metro quadrado.

Por outro lado, especialistas apontam que essas iniciativas não substituirão a agricultura convencional. "É preciso analisar absolutamente tudo. Toda essa tecnologia requer um investimento maior. A área na qual você vai produzir em uma grande cidade tem o apoio do governo local? Ou você vai produzir em uma área totalmente inacessível como o Polo Sul? Tudo isso tem que ser avaliado. Você terá que cuidar de tudo, dos custos de energia até o marketing final. Às vezes, esse investimento massivo se paga, às vezes não", concluiu o empreendedor Jan Westra.

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