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Hydro nega contaminação ambiental em refinaria Alunorte, no Pará

Hydro reiterou que melhoraria o tratamento de água da planta


A produtora de alumínio Norsk Hydro negou nesta segunda-feira que sua refinaria de alumina Alunorte —a maior do mundo—, em Barcarena, no Pará, tenha contaminado as águas locais, contradizendo as descobertas do Instituto Evandro Chagas (IEC), vinculado ao Ministério da Saúde.

Citando um estudo interno e um relatório encomendado pela consultoria ambiental SGW Services, a Hydro disse que não foi encontrada nenhuma evidência de transbordamento de seus depósitos de bauxita ou de qualquer impacto ambiental significativo ou duradouro.

A empresa admitiu que alguns vazamentos não regulamentados de água não tratada ocorreram, o que, segundo a empresa, é “completamente inaceitável”. A Hydro reiterou, porém, que melhoraria o tratamento de água da planta.

“Ambos os relatórios confirmam nossas declarações anteriores de que não houve transbordamento das áreas de depósito de resíduos de bauxita, bem como nenhuma indicação ou evidência de contaminação para comunidades locais próximas da Alunorte como resultado das fortes chuvas em fevereiro”, disse o CEO da Hydro, Svein Richard Brandtzaeg, em nota.

A Alunorte está atualmente operando com cerca de 50 por cento da capacidade sob uma ordem judicial. A empresa avalia que os dois relatórios ambientais a ajudarão a obter permissão para retomar a produção total da fábrica, disse Brandtzaeg à Reuters.

“Isso coloca os fatos sobre a mesa e nos dá uma base para resolver a situação”, disse ele, acrescentando que a empresa está em “um diálogo construtivo” com as autoridades locais.

A Alunorte, localizada no Estado do Pará, no norte do Brasil, é a maior refinaria de alumina do mundo, com cerca de 2 mil funcionários e uma capacidade de produção de 6,3 milhões de toneladas, transformando bauxita em alumina, a qual vira posteriormente alumínio nas fundições.

As ações da Hydro chegaram a subir mais de 6 por cento, superando o índice de referência de Oslo, estendendo ganhos desde antes da declaração da empresa ser publicada. A empresa também está se beneficiando de sanções impostas à rival Rusal, da Rússia, disseram operadores.

Em 6 de abril, a Alunorte processou o Ministério Público do Pará, pedindo à Justiça que rejeitasse as conclusões do Instituto Evandro Chagas (IEC).

No final de fevereiro, as autoridades brasileiras ordenaram à Hydro que cortasse temporariamente a produção da usina.

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